O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), escolheu Célio Boi (PSB) para ser líder do governo na Câmara. A definição ocorreu nesta semana e tenta colocar fim ao polêmico relacionamento entre o socialista e o chefe do Executivo.

Vereador de terceiro mandato, Célio Boi chegou a integrar a base de oposição a Lauro no primeiro governo do político do PV. Ele nunca escondeu predileção pelo projeto eleitoral do ex-vereador Vaguinho do Conselho (PRB), que rivalizou com Lauro nas urnas em outubro.

Vaguinho era filiado ao PSB e tentou pelo partido lançar sua candidatura a prefeito, mas articulações na direção estadual impediram o avanço da empreitada. Ele então se filiou no PRB e, extraoficialmente, contou com apoio de Célio Boi, que oficialmente estava na coalizão de Lauro.

Inicialmente, o prefeito queria um nome do PV para exercer a função. Talabi Fahel (PV) e Albino Cardoso (PV) foram cotados pelo núcleo duro do Paço, porém, o perfil mais tímido dos dois vereadores fez com que o governo repensasse suas opções.

Outro fator que favoreceu Célio Boi foi o fato de o parlamentar Marcos Michels (PSB), primo de Lauro, ter sido eleito presidente da Câmara – assim, impedido de exercer a função de líder do governo na Casa. Marcos, aliás, foi quem sugeriu o nome de Célio Boi para a vaga, como forma de buscar a aproximação do colega de partido com o chefe do Executivo.

No primeiro mandato, Lauro teve oficialmente quatro líderes de governo. A gestão iniciou com Milton Capel (PV) à frente do posto, mas ele pouco durou na posição interna. Lauro então indicou Zé Dourado (PSDB), que saiu da função quando foi eleito presidente do Legislativo em 2014. Atevaldo Leitão (PSDB) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB) também desempenharam esse trabalho.