“Capuava está esquecida”. Esse é o lamento da atendente de lanchonete Rosicléa Tavares Santos, 34 anos, sobre a situação das vias do bairro de Mauá. “As ruas estão podres, com um monte de crateras, é de chorar”, fala.

Na Rua Delfino Ribeiro Guimarães, o único trecho em que o asfalto está em condição razoável de circulação se deve à pavimentação custeada pela própria vizinhança há quatro anos, inclusive a patroa do porteiro Lourival Dantas de Aragão, 44. “Tem muito tempo que aguardamos recapeamento e, até agora, nada”, reclama, enquanto varre a poeira que se acumula na frente do local de trabalho, por conta dos buracos logo à frente.

Outra rua que está em condição extremamente precária é a Stéfano Malesqui. As calçadas do bairro também estão destruídas.

Segundo a Prefeitura, já foi elaborado projeto de melhorias para essas vias e encaminhado ao governo federal para a liberação de recursos e custeio para as obras necessárias.

Outros pontos do bairro estão contemplados em proposta de revitalização e urbanização, como contrapartida do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) em virtude da construção da extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Porém, mesmo com recursos da ordem de R$ 890,8 mil garantidos e previsão de entrega para o segundo semestre do ano passado, as intervenções ainda não foram concluídas. Nesta semana, a administração municipal publicou no Diário Oficial o aditamento do contrato com a empresa Goiânia Mauá Construtora Ltda, prorrogando o prazo de conclusão em mais quatro meses. Além disso, o valor de investimento teve acréscimo de R$ 173,5 mil, o que corresponde a 19,48% do total. A quantia excedente virá dos cofres municipais.

Atraso nos repasse da verba foi a justificativa para a demora na entrega, no entanto, o envio do recurso é realizado mediante prestação de contas do desenvolvimento das intervenções, conforme a Dersa.

As obras de revitalização e urbanização compreendem as áreas próximas à Avenida Manoel da Nóbrega, Avenida Comendador Wolthers, Avenida dos Estados e Estação Ferroviária Capuava. De acordo com a administração, a obra está 80% concluída. “Do que constava no projeto foram revitalizados os acessos da Estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) com guias, sarjetas, construção de passeios e instalação de novo piso, que antes era de terra”, informa. “Além disso, foi recuperada a praça na Avenida dos Estados, onde foi removido o entulho depositado irregularmente, incluindo também a instalação de guias, sarjetas, construção de passeios e paisagismo”, acrescenta.

Segundo o Executivo, os 20% restantes para ser concluído o projeto se referem ao recapeamento da Avenida Manoel da Nóbrega.