Segundo a estudante do terceiro ano do ensino médio N.C.S, 18 anos, o incidente começou por volta das 19h30. Foi ao professor de Química a quem ela primeiro pediu para sair, alegando se sentir mal.
“Durante a aula, comecei a sentir dor de estômago. O professor pediu para eu ir falar com a diretora, para poder ser dispensada. Liguei e pedi para a minha mãe vir me buscar. Quando falei do problema para a diretora, ela disse que eu não deveria ter ligado e que quem deveria tomar qualquer medida era ela; me mandou voltar para e disse que eu sairia só às 22h40, no término da aula”, disse a aluna.
N. afirmou que não subiu e permaneceu sentada em um banco no corredor próximo à sala da diretoria. “Só fiquei chorando, por causa da dor, e porque as saídas do prédio estavam trancadas.” Essa situação perdurou até por volta das 21h.
Segundo T.A.S, 22 anos, irmã de N., ela, o marido e a mãe foram à escola, mas só conseguiram passar pelo portão principal. “A diretora falou que era para a gente voltar para casa, que no fim da aula minha irmã seria liberada. Se a gente quisesse, poderia ficar esperando lá até esse horário, mas sem ver como ela estava.” Ainda segundo T., a diretora determinou que as saídas principais fossem trancadas, impedindo que ela e os familiares pudessem sair novamente. “Diante dessa situação, decidi pular o muro e ligar para a polícia de um orelhão. Quando a viatura chegou, demorou mais de 15 minutos para a diretora deixar os policiais entrarem. Só conseguimos sair depois das 21h, quando os policiais nos levaram até o Pronto-Socorro Avaré. Lá, foi verificado que N. estava com infecção urinária e foi medicada.” Na tarde de terça, N. e a mãe, M.F.S., foram ao Instituto Médico-Legal para fazer exame e comprovar o problema de saúde.
Segundo a dirigente de ensino de Santo André, Leni Mariano Walendy, terça-feira uma supervisora de ensino foi à escola avaliar a ocorrência. “Ainda iremos fazer o acompanhamento do caso. Acredito que houve um problema de comunicação, e a escola tem uma normatização: quando o aluno sente mal, ele deve se dirigir à direção, que tomará providências e falará antes com a família e, em seguida, encaminhamos, se necessário, ao Hospital Bartira. Quanto a essa diretora, não temos nenhuma reclamação.” Na terça-feira, a própria dirigente disse não ter conseguido falar com a diretora, que não foi à escola.
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