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Funcraf pode voltar a fazer operações em Santo André
Kléber Werneck e
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
01/04/2001 | 21:28
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Membros da Adaf (Associação dos Deficientes Auditivos e Fissurados) se reuniram neste fim de semana na subsede da Funcraf (Fundação de Estudo e Pesquisa de Deformidades Crânio-faciais), em Santo André, para expor a pacientes e familiares os problemas enfrentados pela associação, após a reestruturação do funcionamento no hospital, que ocasionou o fechamento do centro cirúrgico em setembro do ano passado e a redução no número de sessões terapêuticas oferecidas na região.

Nas reuniões ocorridas sábado e domingo, foi anunciada uma parceria da fundação com a Prefeitura de Santo André, que prevê o pagamento de parte do aluguel do prédio onde está situada a fundação, e definidas as alterações no estatuto que a associação irá reivindicar com a Funcraf, em Bauru.

Também foi criada uma comissão de pais e pacientes que irá a Bauru, na próxima sexta-feira, com representantes da Prefeitura, para discutir os problemas da subsede.

Na sexta-feira passada, o coordenador administrativo da Funcraf, Luís Otávio Barbosa Viana, afirmou que há possibilidade, “em médio prazo”, de as cirurgias auditivas e de lábio leporino serem retomadas na subsede de Santo André. “Nunca dissemos que a decisão era definitiva”, afirmou o coordenador.

Porém, Viana voltou a afirmar que os motivos que levaram a Funcraf a suspender as cirurgias são “estruturais”, destacando a falta de equipamentos, leitos e profissionais especializados.

O coordenador da Fundação ressaltou que a ajuda da Prefeitura é “bem-vinda”, mas não soluciona o problema. “A coisa é mais complexa que simplesmente o prédio que vai nos abrigar”, disse.

O hospital da Funcraf é um dos únicos especializados no tratamento de pessoas com lábio leporino ou deficiência auditiva no Brasil, atendendo a mais de 130 cidades do Estado. Segundo Marisa Dias, presidente da Adaf, cerca de 8 mil pacientes terão seus tratamentos prejudicados.




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