Embora a polícia tenha preferido registrar o caso como homicídio doloso (intencional), é possível que a morte de Dias tenha ocorrido durante uma tentativa de assalto. Essa possibilidade foi reforçada pelo proprietário do posto, Pedro Fuca Filho, que registrou vários assaltos no local.

Policiais do 2º DP, no entanto, trabalham também com a hipótese de que os assassinos possam ter agido por vingança. Dias morava no Parque América, em Rio Grande da Serra, e costumava atender sozinho no posto aos domingos. O primeiro resultado das apuraçoes, no entanto, é de que o frentista nao tinha inimigos.

Segundo vizinhos do posto, o frentista abriu o estabelecimento às 7h e teria atendido poucos carros até a chegada de um Gol Branco, por volta das 8h50. O baixo movimento pode ter sido fatal para Dias. Até ali, ele havia vendido pouco combustível e tinha uma somente uma pequena quantia em dinheiro. Poucos minutos depois foi ouvido o tiro.

Ferido no braço, o frentista pediu socorro, avisando que estava morrendo. Segundo Alcino Roza, 70 anos, Dias caminhou cerca de dez metros e caiu morto na calçada defronte a uma revenda de carros. A bala transpassou o braço direito e se alojou no tórax, o que causou sua morte.

De acordo com Roza, que mora em frente do posto, outros vizinhos teriam visto os dois homens conversarem com Dias de arma em punho. Pelo relato, o frentista teria entregue apenas uma pequena quantia em dinheiro aos ladroes, o que os teria desagradado.

Sem sair do carro, o passageiro do veículo atirou apenas uma vez. "O estrondo muito forte. Acho que era de uma arma pesada", disse Roza. Segundo ele, Dias era conhecido por todos e tinha muitas amizades no bairro.

Logo após o tiro, o Gol branco se afastou em alta velocidade. Até à tarde, a polícia nao tinha localizado ninguém que tenha anotado o número da placa do carro ocupado pelos assassinos.