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Edimar atenua discurso

Pressionado por funcionários da Sama, tucano evita falar em extinção da autarquia de Mauá

Luís Felipe Soares
do Diário do Grande ABC
08/08/2012 | 07:19
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A proposta do prefeiturável Edimar da Reciclagem (PSDB) sobre a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) foi colocada à prova ontem à noite, quando se encontrou com funcionários da autarquia em seu comitê, na Vila Bocaina. O tucano reafirmou a intenção de, se eleito em outubro, devolver a gerência da água e do esgoto da cidade à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Porém, atrelou extinção (como propôs anteriormente) a eventual intervenção.

Edimar explicou que a dívida reivindicada pela Sabesp - a qual a Prefeitura não reconhece e está na Justiça - pode reestruturar o controle da gerência do sistema em Mauá. Em virtude disso, avaliou que a melhor saída para o futuro dos trabalhadores seria a criação de uma instituição mista. "Se o prefeito não se preocupar em fazer acordo com a Sabesp para resolver esse impasse, pode haver intervenção a qualquer momento. Daí não iremos saber o que pode acontecer e a Sama pode, sim, ser extinta", alertou o vereador.

Em junho, o tucano afirmou que iria estudar a extinção da Sama, o que gerou preocupação nos funcionários da autarquia, que passaram a temer demissões. "A Sama é a nossa casa. O problema é que ninguém deseja essa transformação, que poderia fazer com que perdêssemos a estabilidade", afirmou um trabalhador.

Os concursados reclamaram da existência de muitos comissionados no quadro de empregados e pediram que diretores sejam nomeados por concurso público.

Segundo Edimar, a Sabesp tem o interesse de retomar a gerência do sistema. A proposta agora é levar para Mauá o mesmo modelo de parceria em trâmite em Diadema, onde a Sabesp irá abater parte da dívida que cobra do Executivo estando no comando da Caed (Companhia de Água e Esgoto de Diadema). "A Sama vai existir da mesma forma. Os funcionários terão seus cargos concursados mantidos. Apenas a administração seria modificada", garantiu

O candidato também considerou que a utilização política do comando da Sama é um dos principais problemas da autarquia. "O que falta é parar de ser barganha política. Não importa se sejamos nós ou não que irá ganhar a eleição, mas a questão precisa ser lidada de maneira séria", afirmou o tucano.




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