Pesquisa preparada pelo PMDB de Mauá mostra que o partido trabalha com, pelo menos, sete nomes para compor como vice da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), pré-candidata a prefeita. O leque atinge outros postulantes ao Paço, empresário e até aliado do governo Oswaldo Dias (PT), que tentará a reeleição em outubro. A única certeza é a de chapa mista.

A relação tem os pré-candidatos a prefeito Edimar da Reciclagem (PSDB), Atila Jacomussi (PPS) e Irmão Ozelito (PTB); o vereador Manoel Lopes (DEM); a mulher dele, Ângela Donatiello (DEM); o empresário José Roberto Lourencini (PSDB); e o médico Alberto Pierro, do PDT, partido que integra a base de sustentação à administração petista.

O nome do neurologista foi inserido na discussão durante almoço no fim de abril entre Vanessa, o presidente municipal do PMDB e seu marido, José Carlos Orosco Júnior, o mandatário local do PDT, Cláudio Donizete, e o vereador pedetista Cincinato Freire.

PERFIL E RESISTÊNCIA

Apesar de aguardar o resultado do levantamento, previsto para sair em 15 dias, o PMDB mantém nas entrelinhas que o seu preferido para vice de Vanessa é Lourencini, afastado da política, mas filiado ao PSDB, do governador Geraldo Alckmin, e amigo íntimo da família Damo. O supermercadista, porém, enfrenta a resistência do próprio tucanato e do DEM.

Presidente democrata, Manoel Lopes não nutre o desejo de abdicar de tentar sexto mandato na Câmara, e defende a indicação de Ângela, secretária de Educação na gestão Leonel Damo (2005 a 2008), pai de Vanessa. A composição, contudo, não encontra respaldo do PMDB, temeroso com a reação do eleitorado diante de chapa 100% feminina. "Se não for a professora Ângela, quero o Edimar", pressiona o vereador.

Edimar, assim como Atila e Ozelito, tem garantido que não abrirá mão de candidatura própria, mas pode ser demovido da intenção pela cúpula estadual do PSDB. Diante do cenário, Orosco manda alerta ao democrata. "O Edimar é nome importante, liderança política nova, mas não é vontade própria, nem minha nem do Manoel, que vai definir a questão", atenta, ao externar o objetivo da pesquisa. "Servirá para fazermos análise mais fria, teórica, de quem agrega mais a Vanessa."

Orosco reitera não haver preferência por Lourencini. "É que o perfil que identificamos até aqui aponta para que o vice seja alçado de fora da política."

QUADRO DE INDECISÕES

A menos de dois meses do início das campanhas eleitorais, nenhum dos sete pré-candidatos a prefeito de Mauá definiu quem terá como vice. Além de Oswaldo, Vanessa, Edimar, Atila e Ozelito, se colocam como postulantes ao comando do Executivo o empresário Paulo Bio (PV) e o professor José Silva (Psol).