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Oswaldo volta com seca e briga no PT
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
12/02/2012 | 07:07
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Andre Henriques/DGABC


O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), retoma amanhã as rédeas do governo. Após 15 dias de férias, além de gerenciar a cidade que sofre com a falta d'água desde quarta-feira, o chefe do Executivo tem a missão de comandar os debates e construir consenso sobre outra questão o tanto quanto delicada para os planos do PT municipal: quem será o candidato a vice-prefeito em seu projeto de reeleição.

Nos últimos dias as especulações tomaram conta do cenário, principalmente após declaração do deputado estadual Donisete Braga em que se coloca como o nome petista com mais poder de agregar partidos aliados. O recado foi claro: se o vice-prefeito e secretário de Saúde, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), não começar a se viabilizar internamente, vai perder a condição de favorito a compor chapa com Oswaldo.

Por outro lado, o presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), criticou Donisete por, segundo ele, o deputado se precipitar no processo. O vereador prega que, antes de nomes, seja discutido o programa eleitoral e de governo entre as lideranças do partido. Ele sinalizou que tende a ser o terceiro nome na disputa pela vice caso concorde com as propostas da legenda à população.

A primeira reunião do ano do PT municipal, prevista para esta semana (a data não foi confirmada em virtude da ausência do presidente do partido, Leandro Dias - filho de Oswaldo), servirá para dar início às deliberações conjuntas. Até aqui, as movimentações de Donisete e de Paulo Eugenio estiveram restritas a seus grupos, apesar de ambos enviarem sinais de suas intenções ao chefe do Executivo.

Além disso, a definição de chapa pura, tomada pelo diretório do PT em novembro, fará com que o prefeito articule outras formas de amarrar aliados para a eleição de 7 de outubro. PSDC e PRB são os únicos integrantes da base de sustentação ao governo que não possuem secretarias. Ambos perderam representação no primeiro escalão após os titulares da Educação, Margaret Freire, e de Habitação, Sérgio Affonso dos Santos, trocarem PSDC e PRB por PDT e PPL, respectivamente. PSB, PR e PP possuem comandos de uma secretaria cada e tentarão, no mínimo, a manutenção dos acordos.

TORMENTO

O abastecimento da água tem previsão inicial de ser normalizado a partir de amanhã, porém não está descartada prorrogação de prazo. Nos primeiros dias após o rompimento de adutora no bairro Capiburgo, 320 mil pessoas ficaram sem uma gota d'água. Com auxílio técnico da Sabesp, foi anunciada na sexta-feira medida paliativa para atender 40% da população afetada. Prefeito em exercício, Paulo Eugenio pediu ontem socorro de caminhões-pipa.

Enquanto isso, Oswaldo, mesmo ausente do governo, tem sido atacado pela oposição, que fala em falta de competência na manutenção e reparo da adutora. O desafio do petista será solucionar o caso sem que sua imagem junto ao eleitorado vá arranhada para a eleição por conta do episódio

SECRETARIADO

Outra preocupação de Oswaldo, só que em menor escala, são as alterações que será obrigado a fazer no primeiro escalão. Em virtude da eleição, os secretários de Governo, José Luiz Cassimiro, e de Finanças, Paulo Suares (ambos concorrerão a vereador pelo PT), terão de se desincompatibilizar dos cargos até 31 de março. Os favoritos a substituí-los são os também petistas Mariângela Secchi e Orlando Fernandes, respectivamente.

Mais informações na Página 1 de Setecidades




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