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Vereador Cincinato
é punido pelo CRM
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
02/02/2011 | 07:30
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O vereador de Mauá Cincinato Lourenço Freire Filho (PSDC) respondeu processo no CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) e foi condenado a "censura pública" divulgada em imprensa oficial. A punição é a terceira numa escala de um a cinco da entidade. Acima da que o democrata-cristão recebeu estão apenas suspensão e cassação do registro médico.

Clínico-geral e ginecologista, Cincinato respondia processo ético-profissional no CRM desde 2003. Mas o resultado da ação saiu somente dia 15 de abril de 2010 e fora divulgado no mês seguinte no Diário Oficial do Estado de São Paulo. E até agora a decisão do conselho não havia sido comentada no meio político de Mauá.

O CRM não revela o teor dos processos que passam pela instituição. O parlamentar foi procurado durante dois dias, mas ressaltou que não comentaria o assunto por ser um processo que está sob sigilo.

Especula-se que a ação foi movida por cirurgias de esterilização (laqueadura) e outros procedimentos médicos malsucedidos realizados em mulheres. Em Mauá comenta-se sobre esses supostos casos, porém, ninguém fala abertamente.

A censura pública, uma espécie de SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da medicina, que deixa o nome do profissional ‘sujo', foi decretada por infração a quatro artigos do Código de Ética Médica.

Cincinato foi enquadrado nos artigos 2º (delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica), 5º (assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou), 29º (participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte) e 57º (deixar de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à comissão de ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina).

Cincinato foi secretário de Saúde na gestão Leonel Damo (2006 a 2008 - sem partido). Pediu demissão do cargo depois de denúncias de suposto envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) - seu nome constava num caderno contábil de líderes do grupo, encontrado pela polícia.

Outra polêmica envolvendo recentemente o médico, que está em seu terceiro mandato como vereador, é a divulgação de fotos em jornal local em viagens turísticas internacionais, no momento em que Mauá vive situação crítica como alagamentos, deslizamentos de terra, pessoas desabrigadas e mortes provocadas pelas chuvas.




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