Setecidades Titulo
Aterro continua fechado em Sto.André
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
26/05/2010 | 08:00
Compartilhar notícia


Segue indefinida a situação do aterro sanitário de Santo André, no bairro Cidade São Jorge, interditado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) desde o dia 19. Isso já pode significar para o município um prejuízo de R$ 400 mil, levando-se em conta o gasto médio por dia com destinação de resíduos - R$ 50.000.

Segundo o prefeito Ainda Ravin (PTB), o remanejamento das cerca de 700 toneladas diárias de resíduos domésticos e urbanos para outros locais custará ao município R$ 1,5 milhão ao mês.

O Diário esteve ontem no local, constatou o fechamento e que ao menos uma parte da coleta da cidade está indo para o Lara, aterro privado em Mauá.

"No primeiro dia, na quarta-feira, foi tumultuado porque ligaram às 10h da manhã avisando que os caminhões de Santo André chegariam a partir do meio-dia. Mas não tivemos problemas em recebê-los", disse um funcionário do Lara, que preferiu não dar o nome.

Atualmente, o aterro de Mauá recebe material de todas as sete cidades do Grande ABC. No total, são despejadas 2.800 toneladas de lixo ao dia, sem contar com o novo cliente. Enquanto a reportagem esteve no aterro privado, por cerca de 20 minutos, pelo menos quatro caminhões do Semasa foram vistos entrando no local.

PROIBIÇÃO - O aterro, administrado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), está proibido de operar desde o dia 19 pela Cetesb porque está com capacidade máxima para o armazenamento de lixo e a nova área, com cerca de 6.000 metros quadrados, está inadequada.

Entre as exigências técnicas não cumpridas pelo Semasa está o recebimento de resíduos acima do permitido, escoamento do chorume (líquido produzido pelo lixo) para áreas externas e a falta de cobertura adequada, o que atrai vetores (como insetos e aves) e causa mau cheiro.

O contrato com a empresa Peralta Ambiental, responsável pelas operações no aterro, prevê que os resíduos sejam transportados para outros dois aterros, além do Lara. Para o Essencis Soluções Ambientais, em Caieiras, localizado na região metropolitana de São Paulo, e o CDR Pedreira, na Capital.

Na segunda-feira, representantes da autarquia municipal e da agência estadual se reuniram para esclarecer questões técnicas do aterro. No encontro, ficou definido que os órgãos trabalharão em conjunto para que ele volte a funcionar o quanto antes. Ontem, dois tratores trabalhavam e somente caminhões da coleta seletiva transitavam no local. Nos próximos dias deverá ocorrer uma vistoria conjunta para avaliar melhorias a serem feitas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;