Economia Titulo Desemprego
Grande ABC perde 15.762 vagas de emprego no 1º semestre

No mês passado, 97 postos foram fechados; Saldo foi negativo em S.Bernardo, S.Caetano e em Rio Grande

Do Diário OnLine
16/07/2009 | 12:31
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O Grande ABC perdeu 15.762 vagas de emprego com carteira assinada no primeiro semestre, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho. Na contramão, o País gerou 299.506 postos de trabalho de janeiro a julho deste ano.

No mês passado, 97 vagas foram eliminadas nas sete cidades da região. O corte é quase sete vezes menor do que no mês anterior, quando foram perdidas 611 vagas. Já no acumulado dos últimos 12 meses, 14.427 postos de trabalho formal foram suprimidos. Os dados do Caged referem-se à diferença entre as contratações e demissões nos períodos analisados.

Municípios – Os municípios que reduziram a quantidade de postos de trabalho em junho foram São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra. O que mais cortou vagas formais foi o primeiro – São Bernardo perdeu 544 empregos formais no mês passado, uma queda de 0,22% no nível de emprego em relação a maio. No semestre, foram cortados 4,9 mil postos, desaceleração de 1,93% em relação ao mesmo período de 2008. Nos últimos 12 meses, a cidade perdeu 3.381 vagas, decréscimo de 1,38% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.

São Caetano aparece na sequência, com o corte de 469 empregos formais – uma retração de 0,48% ante maio. No ano, a perda foi de 3.288 postos de trabalho, diminuição de 3,31% em relação aos seis primeiros meses de 2008. Nos últimos 12 meses, o município perdeu 3.241 vagas, queda de 3,15% ante o mesmo período de 2008.

Em terceiro lugar está Rio Grande da Serra. A cidade perdeu 12 vagas em junho, baixa no nível de emprego de 0,50% sobre o mês anterior. De janeiro a junho deste ano, foram cortados 14 postos, queda de 0,58% sobre igual intervalo de 2008. Nos últimos 12 meses, o corte foi de 172 vagas, forte desaceleração de 7,58% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As demais cidades do Grande ABC criaram vagas de emprego no mês passado. Santo André foi a cidade que mais abriu vagas formais em junho: 357, um acréscimo de 0,21% sobre maio. No primeiro semestre, 2.932 pessoas foram demitidas, uma queda de 1,73% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. Nos últimos 12 meses, a cidade acumula a demissão de 1.355 trabalhadores, baixa de 0,87% ante o mesmo intervalo de 2008.

Mauá gerou 283 vagas no mês passado, alta de 0,52% no nível de emprego sobre maio. Já no acumulado deste ano, 852 postos foram perdidos, queda de 1,55% sobre igual intervalo de 2008. Nos últimos 12 meses, a cidade demitiu 960 trabalhadores, um decréscimo de 1,92% sobre o mesmo período do ano anterior.

Diadema admitiu 205 pessoas em junho, elevação de 0,22% em relação ao mês anterior. No ano, porém, 3.470 postos foram perdidos, desaceleração de 3,58% ante o mesmo período de 2008. No acumulado dos últimos 12 meses foram cortados 4.941 postos, retração de 5,15% sobre o mesmo intervalo do ano passado.

Em Ribeirão Pires, o nível de emprego aumentou 0,42% em junho, com a contratação de 83 trabalhadores. Entretanto, há variação negativa no ano (-14 vagas, queda de 0,58%) e nos últimos 12 meses (-172 postos de trabalho, desaceleração de 7,58%).

País – A economia brasileira gerou 119.495 vagas de emprego com carteira assinada em junho, resultado da diferença entre 1,356 milhão de contratações e 1,236 milhão de demissões no período. Pela primeira vez no ano, o saldo foi inferior ao do mês anterior: em maio, foram criados 131.557 novos postos de trabalho em todo o País.

Apesar da queda, trata-se do quinto mês seguido de recuperação após a onda de demissões causada pelo agravamento da crise econômica mundial. No ano, o saldo está positivo em 299.506 vagas. No mesmo período de 2008, entretanto, foram criados 1,3 milhão de postos.

"Posso afirmar que todos os indicativos avaliados apontam para o crescimento de todos os setores no segundo semestre, quando teremos uma retomada mais intensa do número de contratações. E, assim, alcançaremos mais de 1 milhão de novos postos de trabalho até o fim deste ano", afirmou o ministro Carlos Lupi.




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