Setecidades Titulo Habitação
Santo André tem 38 áreas
com alto risco de desastre

Diagnóstico elaborado pelo governo federal aponta o perigo
de enchentes e deslizamentos de terra no município da região

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
25/04/2013 | 07:00
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Diagnóstico elaborado pelo governo federal aponta a existência de 38 áreas com alto risco de desastres naturais em Santo André. O mapeamento foi feito pela CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) para direcionar os trabalhos de prevenção de quase 300 municípios. A estimativa é que 5.000 famílias residam nesses locais.

Para a coordenadora da Defesa Civil andreense, Débora Diogo, o relatório é fundamental para definir as ações prioritárias do departamento. Segundo ela, o último mapeamento feito na cidade foi em 2008. A falta de atualização pode ser constatada quando observada a discrepância em relação aos dados divulgados. No fim do ano passado, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) informou que o município possuía 23 áreas de risco cadastradas e monitoradas - 15 a menos do que o total levantado pela CPRM.

Entre as principais áreas enquadradas nos níveis de risco 3 e 4 - os mais altos - estão os bairros Jardim Irene e Jardim Santo André, onde há perigo de deslizamento. A lista inclui também a Vila América, que, no entanto, tem possibilidade de alagamentos.

Além do estudo do governo federal, a Defesa Civil deve receber  neste semestre o mapeamento feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que foi contratado em novembro pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Segundo Débora, essa pesquisa é mais detalhada, e também irá apontar locais com riscos 1 e 2. O documento trará ainda sugestões de intervenções a serem feitas para minimizar os perigos.

"Com esses diagnósticos, podemos solicitar recursos para obras emergenciais e preventivas junto ao governo do Estado e à União. Isso também nos permite interditar casas com risco iminente de tragédia", destaca a coordenadora.

REOCUPAÇÕES

Uma das principais preocupações da Defesa Civil é evitar que áreas desocupadas sejam reinvadidas. "Isso ocorreu no Jardim Irene e no núcleo Maurício de Medeiros", afirma. Denise relaciona as reocupações com o aumento no número de atendimentos feitos pelo departamento no último verão. O crescimento foi de 22% em relação à temporada anterior, passando de 1.354 para 1.662 registros. "O índice de chuvas subiu, mas a volta das famílias para as regiões de risco também contribuiu para isso".




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