Embora a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) insista na sua preferência pelo suprimento do mercado doméstico, os últimos anos foram marcados pela queda no consumo americano e pelo aumento da capacidade de produção do combustível. Em janeiro deste ano, os EUA mostravam-se aptos a produzir 10,6 bilhões de galões ao ano, destinados especialmente para a mistura com a gasolina.
A queda no consumo de combustíveis, por causa da lenta recuperação da economia e do aumento do preço internacional do petróleo, derrubou também as vendas internas de etanol. Boa parte da produção do combustível foi deslocada para a exportação, facilitada pelo dólar desvalorizado.
A crise de oferta de etanol no Brasil tornou-se uma espécie de "tábua de salvação" para os produtores americanos, segundo um especialista do setor. O aumento da frota de automóveis do País - em sua maioria, modelos flexfuel - em uma média de 10% ao ano desde 2009 e o crescimento da capacidade de produção de etanol em cerca de apenas 2% ao ano somaram-se aos problemas nas últimas duas safras de cana-de-açúcar. O mesmo especialista criticou a política do governo Dilma Rousseff de pressionar o setor produtor de etanol a reduzir os preços. A iniciativa, segundo ele, teria desmobilizado ainda mais os usineiros a tocar projetos de investimento na ampliação da produção. Apenas três novas usinas de álcool estão programadas para este ano.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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