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Indústria nacional vai investir
R$ 614 bi de 2011 até 2014
Leone Farias
do Diário do Grande ABC
01/03/2011 | 07:30
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Os investimentos da indústria brasileira de 2011 até 2014 devem atingir o total de R$ 614 bilhões, de acordo com projeção feita pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

O montante é 59% maior do que o mapeado no levantamento anterior do BNDES, referente ao período de 2006 a 2009 - que somava R$ 387 bilhões. Por sua vez, a expansão real (descontada a inflação) será de 9,8% ao ano.

Boa parte desse montante programado para os próximos anos será no setor de petróleo e gás, que deve aportar R$ 378 milhões no período, ou 62% do total. Essa liderança, segundo os analistas, é explicada pela crescente importância das atividades relacionadas à produção petrolífera na economia, que deverá ser ainda maior com a exploração do pré-sal.

De acordo com a Agência de Informações de Energia dos Estados Unidos, o Brasil é a principal fronteira para a expansão da atividade no horizonte até 2030.

VEÍCULOS - O estudo do BNDES aponta que o cenário de reaquecimento econômico, com o aumento da massa salarial, da expansão do crédito e das políticas de transferência de renda, favoreceram as atividades mais voltadas a bens de consumo e de capital.

No caso dos investimentos do setor automotivo, que totalizam R$ 33 bilhões, houve reação, depois da expectativa de estagnação nos meses seguintes à crise financeira global.

Fabricantes como Ford e Volkswagen anunciaram, desde o fim de 2009, aportes recordes em suas operações no Brasil. A primeira tem plano orçado em R$ 4 bilhões para modernizar e ampliar as fábricas brasileiras até 2015 e a segunda vem destinando R$ 6,2 bilhões às unidades fabris no País desde 2010 até 2014.

Ainda segundo os analistas do BNDES, na área automotiva há preocupação com a crescente competição com os importados e com a necessidade de aumentar a competitividade da indústria nacional.

O estudo cita que os veículos importados antes preenchiam nichos não atendidos pela indústria brasileira, mas atualmente também competem no segmento de compactos. Por causa disso, as fabricantes tradicionais no mercado nacional já divulgaram que estudam o desenvolvimento de modelos mais baratos para atender a classe C. O objetivo é não perder espaço na briga com chineses e indianos.




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