A instabilidade política do país árabe fez com que a prova - inicialmente marcada para o dia 12 - fosse adiada. Com isso, a primeira corrida do ano será na Austrália, dia 27.

Os boatos sobre a não realização da corrida já corriam há algum tempo. Ontem, entretanto, o príncipe Salman bin Hamad bin Isa Al-Khalifa informou aos responsáveis pela categoria que o país não tem condições de receber a competição neste momento.

"Sentimos que é importante para o país focar nas questões de interesse nacional. A prioridade do Bahrein é a tragédia que se anuncia e sanar as divisões para lembrar que o Bahrein é capaz de ser uma nação mais uma vez unida", declarou o príncipe.

Bernie Ecclestone, o chefão da Fórmula 1, lamentou o ocorrido. "É triste que o Bahrein tenha de cancelar a corrida. Desejamos bem a toda a nação, à medida em que eles recuperam seu país. A hospitalidade e o calor do povo são as marcas da corrida, como qualquer um que já foi lá pode testemunhar. Esperamos voltar em breve", afirmou.

Existe a possibilidade que a prova do Bahrein seja realizada no fim do ano, provavelmente entre os GPs de Abu Dhabi e do Brasil (entre 18 e 20 de novembro), com isso, a corrida brasileira pode até ser atrasada em uma semana.

Entre os pilotos, várias foram as manifestações. "Estou chateado principalmente pela situação em que vive o país e os seus habitantes. Desejo mesmo que a violência deixe de estar presente e que possamos voltar lá ", afirmou Rubens Barrichello.

"As pessoas e a segurança são mais importantes. Talvez, possamos ir até lá em outro período do ano", disse Felipe Massa.