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Erradicação da miséria é a prioridade
Marco Maia
04/02/2011 | 07:24
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Acabar com a miséria no Brasil é o principal desafio que se apresenta aos gestores públicos e às lideranças políticas que iniciam seus mandatos neste ano. Devolver dignidade e cidadania a cerca de 10 milhões de pessoas miseráveis segundo o Ipea (o número pode chegar a 21,5 milhões conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), exige mobilização de todos setores da sociedade, em especial dos Três Poderes. Orientar a atuação da Câmara dos Deputados prioritariamente para debate e votação de ações para a inclusão social desses brasileiros é obrigação não apenas humanitária, mas estratégica para a Nação.

Em seu discurso de posse, a presidente Dilma anunciou como principal meta de seu governo a erradicação da pobreza extrema. Reafirmou, dias depois, ao anunciar que o governo prepara programa visando erradicar a extrema pobreza, a fim de enfrentar o problema em três frentes: pela ampliação dos programas de inclusão produtiva, da rede de serviços e benefícios sociais já existentes e de políticas voltadas à Educação e Saúde. Para implementar tais ações, necessitará apresentar conjunto de medidas ao Congresso Nacional. Caberá ao Parlamento debater, aprimorar e chancelar tais programas o mais rápido possível, bem como aqueles de autoria dos parlamentares versando sobre o mesmo tema, que também tramitam na Casa. Certamente, o Legislativo estará mobilizado e comprometido para essa tarefa.

É possível, sim, criar um País livre da indulgência, que respeite a vida de cada filho seu. Embora a pobreza no Brasil seja resultado de processo histórico, esta condição não pode ser vista como natural. É necessário que haja indignação e que essa repulsa sirva de estímulo para construção de soluções concretas e imediatas. Ser impassível, neste caso, significa cumplicidade com a desagregação social e familiar, as doenças, o desespero, as drogas e a violência.

Em que pese a significativa redução da pobreza ao longo do governo do presidente Lula graças a forte política de transferência de renda, ainda há muito a fazer para mudar essa triste realidade. Neste início de mandatos do Executivo e do Legislativo federais, a prioridade não poderia ser outra, senão trabalharem conectados para transformar miséria e fome em oportunidades, renda, direitos sociais, acesso à alimentação, enfim mudanças que melhorem a vida dos mais pobres.

Marco Maia é presidente da Câmara dos Deputados.




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