Internacional Titulo Violência
Balanço: 4 mil civis morreram em 2010 no Iraque
Da AFP
30/12/2010 | 10:13
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A violência no Iraque matou 3.976 civis desde 1º de janeiro, o menor balanço anual desde 2003, segundo um relatório preliminar divulgado pela ONG internacional IBC (Iraq Body Count), que tem sede na Grã-Bretanha.

O balanço, com data de 25 de dezembro, é inferior ao estabelecido pela ONG em 2009 (4.680), que era o menor desde a invasão do Iraque em 2003.

No entanto, o número é muito superior ao divulgado pelos ministérios iraquianos da Saúde, Interior e Defesa, que no início do mês anunciaram um balanço de 2.416 civis mortos nos 11 primeiros meses do ano.

"A IBC registrou a morte de 3.976 civis em atos violentos em 2010, contra 4.680 em 2009", afirma o relatório da ONG.

Apesar da redução do número de vítimas, a organização teme que a situação tenha deixado de melhorar e aponta que o ritmo de diminuição anual do número de civis mortos desacelerou desde que a violência começou a declinar no fim de 2007.

O número de civis mortos registrou queda de 15% em 2010 na comparação com o ano anterior, depois de reduções de 50% em 2009 e de 63% em 2008.

"É preciso saudar qualquer redução do nível de violência, mas a desaceleração desta queda indica que pode chegar a um mínimo incompreensível", afirma a ONG.

A organização, que desde 2003 conta o número de civis mortos a partir das informações divulgadas pela imprensa e pelas autoridades, destaca ainda o grave impacto em 2010 dos atentados de grande amplitude (mais de 50 mortos).

No total, 567 civis morreram e 1.633 ficaram feridos em nove ataques deste tipo em 2010, indica a IBC, que registrou 675 atentados com bomba que deixaram um ou mais mortos entre a população civil iraquiana este ano.

A organização confirma ainda que Bagdá e Mossul são as cidades mais violentas do Iraque. A segunda, situada 350 km ao norte da capital, continua com a maior taxa de mortes violentas.

Apenas cinco das 18 províncias do Iraque não registraram nenhum atentado em 2010.

Procurado pela AFP, um conselheiro do primeiro-ministro Nuri al-Maliki considerou "positivo" o declínio do número de civis falecidos, mas insuficiente.

"Temos a ambição de que nenhum civil morra em ações terroristas", afirmou Ali al-Musawi.

O ministério da Defesa atribui a melhoria da segurança no país às ações contra a Al-Qaeda e à morte de vários líderes da organização terrorista.

Apesar da redução, no entanto, a Al-Qaeda demonstrou que ainda tem capacidade para executar operações de grande impacto.

O número de civis mortos em ações das tropas internacionais caiu à metade (64 para 32 vítimas), em parte porque o Exército americano concluiu formalmente em 31 de agosto a missão de ataque e agora não pode fazer uso das armas se não for atacado.




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