Partidários de Alassane Ouattara, considerado o presidente eleito da Costa do Marfim, invadiram pacificamente nesta segunda-feira a embaixada de seu país em Paris, segundo informações da polícia francesa.

A convocação de greve geral feita pelos seguidores de Ouattara para pressionar Laurent Gbagbo a abandonar a presidência da Costa do Marfim teve pouca adesão.

Desde o bairro elegante barrio de Cocodu (norte) até o popular de Treichville (sul), a capital econômica da Costa do Marfim registrava cenas iguais a de todos os dias úteis: engarrafamentos, sons de buzinas, táxis por toda a parte e lojas abrindo as portas.

Os comerciantes espalharam os produtos no grande mercado de Koumassi (sul), que desde cedo tinha grande movimentação.

As ruas do bairro popular de Abobo (norte), reduto de Ouattara, estavam repletas de carros e vendedores ambulantes.

Já em Bouaké (centro), reduto da antiga rebelião aliada de Ouattara, a convocação de greve teve mais adesão, com lojas e agências bancárias fechadas, apesar da presença dos táxis nas ruas.

A coalizão de partidos que apoiam Alassane Ouattara, reconhecido como presidente marfinense pela comunidade internacional, convocou no domingo uma paralisação das atividades a partir de segunda-feira, "até que Gbagbo saia do poder".

Gbagbo deve receber na terça-feira uma delegação de chefes de Estado da África Ocidental, que devem pedir que deixe o poder, sob pena de desencadear uma operação militar para expulsá-lo do comando do país.