A Coreia do Norte justificou nesta quinta-feira o ataque de novembro contra uma ilha sul-coreana, que provocou quatro mortes e deixou 18 feridos, alegando que as "marionetes belicistas" do Sul provocaram o incidente para tentar incitar um conflito mais amplo.

Pyongyang afirmou novamente que reagiu a um exercício militar naval sul-coreano na zona de fronteira, uma área que foi cenário de incidentes graves nos últimos anos.

De acordo com a Coreia do Norte, o Sul disparou "milhares de obuses" que caíram nas águas norte-coreanas durante o exercício.

A ilha de Yeonpyeong, bombardeada pelo Norte, fica ao sul da linha de fronteira traçada pela ONU depois da guerra da Coreia (1950-53). Pyongyang, no entanto, não reconhece a fronteira e considera que a linha deveria ser levada mais ao sul e que, por consequência, a ilha fica "dentro" de suas águas territoriais.

"As marionetes belicistas do Suç dispararam milhares de obuses nas águas territoriais da República Popular da Coreia do Norte (DPRK)", afirma Pyongyang em um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.

"Este ato irresponsável era uma provocação deliberada que buscava empurrar a DPRK a uma resposta", completa o texto.

O comunicado foi divulgado um dia depois do anúncio por Seul e Washington de novas manobras militares conjuntas após o bombardeio "deliberado e ilegal" da ilha sul-coreana.