O COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que examinará qualquer prova de suposta corrupção de um de seus integrantes, após reportagem da BBC sobre os casos de ilegalidades na Fifa e que envolvem Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

"O COI tomou nota das acusações feitas pelo programa Panorama e pedirá aos produtores que entreguem as provas que dizem ter", afirma em comunicado. "O COI tem tolerância zero com a corrupção e levará o tema a seu comitê de ética", completa o texto.

Reportagem da BBC exibida na segunda-feira acusa três integrantes do Comitê Executivo da Fifa, o brasileiro Ricardo Teixeira, o presidente da Confederação Africana, Issa Hayatou, e o presidente da Confederação Sul-Americana, o paraguaio Nicolás Leoz, de terem recebido subornos de uma empresa de marketing há mais de uma década em um caso de corrupção.

Os três integram o organismo da Fifa que designará amanhã, em Zurique, as sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022.

A Fifa reagiu à exibição da reportagem. "As questões sobre o caso ISL datam de vários anos e foram tratadas pelas autoridades competentes suíças. Este caso envolve fatos que aconteceram antes do ano 2000 e não houve nenhuma condenação contra a Fifa", afirma o comunicado da entidade.

Na reportagem, o jornalista Andrew Jennings, que investiga há dez anos a corrupção na Fifa, afirmou ter documentos sobre os pagamentos ilegais recebidos por Teixeira, Hayatou e Leoz. Os subornos teriam sido pagos pela empresa de marketing ISL International Sports and Leisure, que obteve os direitos de transmissão para TV de várias Copas do Mundo antes de falir em 2001.