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Coreia do Sul promete reação a Pyongyang
Da AFP
29/11/2010 | 09:34
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O presidente da Coreia do Sul prometeu nesta segunda-feira que Pyongyang vai "pagar o preço" pelos recentes disparos de artilharia, que chamou de "crimes desumanos", ao mesmo tempo que se declarou cético sobre um possível fim do programa nuclear da Coreia do Norte.

"Não posso deixar de expressar minha indignação diante da brutalidade do regime do Norte", disse Lee Myung-Bak, em discurso exibido pela televisão. "Agora nosso povo sabe que qualquer tolerância ou paciência adicional só levará a maiores provocações" , completou.

O presidente sul-coreano é muito criticado pela imprensa e por políticos da oposição pela resposta militar de Seul, considerada muito tímida depois do bombardeio de terça-feira passada, pela Coreia do Norte, de uma ilha sul-coreana.

A Coreia do Norte disparou 170 peças de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong: 90 caíram no mar e 80 na ilha, matando quatro pessoas.

No discurso, o presidente sul-coreano não fez qualquer comentário sobre a proposta da China de organizar uma reunião urgente sobre a crise na península coreana.

Pequim propôs uma reunião o mais rápido possível dos seis países envolvidos nas negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte.

Para analistas, o fato de Lee Myung-bak não ter mencionado a proposta chinesa no discurso solene de sete minutos significa que tacitamente rejeita a oferta.

No lado do Norte, Pyongyang voltou a repetir que as manobras aeronavais conjuntas efetuadas desde domingo por Estados Unidos e Coreia do Sul no Mar Amarelo são uma "provocação e um crime", que deixam a região "à beira da guerra".

"Estas manobras são outra grave provocação militar contra nós da parte dos Estados Unidos e de nossos inimigos sul-coreanos", afirma um comunicado da agência oficial norte-coreana KCNA.

"É criminoso que Coreia do Sul e Estados Unidos organizem exercícios militares em grande escala nesta área crítica, que podem levar a situação a um ponto explosivo", completa o texto.

"O Mar Amarelo se encontra à beira da guerra em consequência das provocações militares", conclui a nota.

Apesar da crise e do clima tenso na região, o dirigente norte-coreano Kim Jong-Il e seu filho mais novo, e provável sucessor, Kim Jong-Un, compareceram a um concerto da orquestra estatal da Coreia do Norte, que também teve as presenças de militares e altos funcionários do Partido Comunista.

 

 

 

 




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