Política Titulo TSE
Camargo Corrêa foi a que mais doou
15/11/2010 | 07:06
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As principais empreiteiras do País, que detêm maior volume de contratos relativos a obras públicas, doaram R$ 111 milhões a partidos e candidatos nas eleições de 2010. Registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que a Camargo Corrêa é a campeã de doações - repassou R$ 50 milhões a políticos. A Queiroz Galvão, outra gigante da construção civil, fez aportes que somaram R$ 46 milhões. A OAS liberou R$ 14, 94 milhões.

Os dados são parciais e constam das prestações de contas dos candidatos e comitês de campanha e dos relatórios que as próprias empreiteiras enviaram aos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e ao TSE.

Nem todo o montante desembolsado já foi comunicado às cortes eleitorais. Os candidatos que disputaram segundo turno ainda têm prazo legal até o fim do mês para apresentar nova prestação de contas.

Os R$ 111 milhões foram transferidos para o caixa de campanha de candidatos que concorreram a cargos em Assembleias estaduais, Câmara, Senado, governos estaduais e Presidência da República.Além da Camargo Corrêa e da OAS, constam da lista Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Carioca Christiani-Nielsen, Constran, Carioca, Mendes Júnior e Odebrecht. Elas tocam o bolo maior das grandes obras com dinheiro público.

O Trecho Sul do Rodoanel custou R$ 5,2 bilhões e ficou a cargo de 11 construtoras, que formaram cinco consórcios e fatiaram a maior e mais cara obra viária do País. São várias as fontes de recursos - no caso do Rodoanel, vitrine da campanha de José Serra (PSDB), o valor saiu dos cofres do Estado de São Paulo e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A linha 4 (amarela) do Metrô paulista, empreendimento sob responsabilidade de consórcio com seis empresas, já consumiu R$ 2,3 bilhões em sua primeira fase.

A Camargo Corrêa destacou que as contribuições do grupo para as campanhas eleitorais "são realizadas em respeito à legislação em vigor e o crescimento dos valores repassados em 2010, em comparação a outras eleições, insere-se em um contexto compatível com a expansão da receita bruta que, entre 2005 até 2009, atingiu um valor 2,5 vezes maior."

A Carioca Christiani-Nielsen, a OAS e a Mendes Júnior não se pronunciaram. A Serveng informou que "as doações estão integralmente registradas no TSE." A Constran e o Grupo Andrade Gutierrez afirmaram que as doações foram feitas legalmente e os dados estão no site do TSE.




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