Com toda a movimentação em torno do Banco PanAmericano e o rombo de R$ 2,5 bilhões sofridos pela instituição, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a direção do banco se reuniram para firmar compromisso para que a empresa evite demissões.

Em nota, a secretária-geral do sindicato, Raquel Kacelnikas, afirmou que o diretor administrativo do PanAmericano, José Alfredo Lattano, disse que os aportes financeiros foram suficientes para que as demissões estejam fora de cogitação e para que a instituição continue a atuar no mercado.

Ainda segundo Kacelnilas, Lattano teria negado que o banco esteja em processo de venda. "Vamos continuar acompanhando de perto a situação dos trabalhadores do PanAmericano.Vamos atuar para preservar empregos e direitos dos trabalhadores e cumprir nosso papel que é estar ao lado dos bancários. Iniciaremos visita aos funcionários nos próximos dias", afirmou Kacelnikas, em nota.

Venda - Apesar da negativa do diretor sobre a possibilidade de venda, fonte graduada do governo, que participa da investigação sobre o rombo no PanAmericano, informou que o banco será vendido em curto prazo. "Isso é inevitável e será um processo rápido, administrado pelo Fundo Garantidor de Crédito)", disse. A venda será necessária não só pelo abalo na credibilidade de Silvio Santos como controlador do banco, mas também para recomposição do caixa do grupo para que seja honrada a dívida de R$ 2,5 bilhões, que cobriu o rombo do banco, sem uso de dinheiro público.

"Estou com pena do senhor Silvio Santos. Um homem de 80 anos, que trabalhou a vida inteira e vê o fim do patrimônio desta forma", comentou a fonte. Em entrevista recente ao jornal Folha de S.Paulo, o apresentador afirmou não saber sequer onde fica a sede do banco.

O rombo do PanAmericano era de R$ 2,073 bilhões, valor bem acima de seu patrimônio total, avaliado em R$ 1,5 bilhão, de acordo com essa mesma fonte.