O remorso parece, enfim, incomodar Fernando Alonso. O espanhol que pode ser campeão do mundo domingo, em Interlagos, - caso vença e o australiano Mark Webber, da Red Bull, seja, no máximo, quinto colocado - sente na pele, de forma mais incisiva, as consequências da manobra antidesportiva da Ferrari que manchou a temporada da Fórmula 1. A arquitetada ultrapassagem sobre Felipe Massa, no GP da Alemanha, em julho, ressurgiu com força por conta da reação intempestiva da torcida brasileira.
Alonso aposta no emocional para limpar sua barra com os torcedores. E a melhor forma de fazer isso é elogiar o piloto da casa. "Acho que Felipe (Massa) é muito forte aqui. A melhor coisa para nós e ainda mais para mim, vai ser ter o Felipe como vencedor da corrida", analisa Alonso.
Apesar da relação entre os dois não ser a melhor desde o episódio, Alonso faz questão de desmentir qualquer entrevero com o brasileiro. "Felipe é muito capaz, 100% profissional. Desde o primeiro encontro nos damos muito bem e isso incomoda muitas equipes", garante.
Sempre polêmico, Alonso nunca fez questão de mudar o comportamento para fugir da imagem de bad boy. Soberano, diz não se importar do que dizem dele. "São várias as nações em que minha imagem não é boa, mas são poucas pessoas que me vêem assim. Não estou preocupado com minha imagem aqui ou outro lugar. Nosso trabalho não é entender a opinião da torcida", cutucou.
CASO DE POLÍCIA
O promotor Paulo Castilho, do Juizado Especial Criminal, prometeu prender Felipe Massa caso o brasileiro repita domingo, em Interlagos, manobra feita no GP da Alemanha para permitir vitória do companheiro de equipe Fernando Alonso.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o promotor diz que a ameaça está baseada em no Estatuto do Torcedor que prevê prisão de até seis anos para quem fraudar ou contribuir para que se fraude o resultado de competição esportiva.
Barrichello não pensa em parar e pretende seguir na Williams
Já são 38 anos, sendo 17 deles destinados à Formula 1, e Rubens Barrichello não pensa em parar, pelo contrário. Antes mesmo do fim da temporada, o brasileiro planeja na renovação do contrato com a Williams para 2011. Segundo o piloto, o próximo carro da escuderia foi projetado com suas informações e restam apenas detalhes burocráticos para assinar novo vínculo.
"Minha situação é muito aberta com a Williams. A equipe nunca anunciou os pilotos cedo. Minha participação está feita e espero ficar. Agora, eles têm uma opção pelo meu trabalho e espero que seja feito para o ano que vem. Me vejo dentro do time, o desenvolvimento do modelo foi baseado nas minhas informações. Além disso, não estou negociando com outras equipes", assegurou.
Apesar da segurança mostrada pelo brasileiro, a Williams acena com possibilidades de troca para 2011. Informações dão conta que o segundo piloto da escuderia, o alemão Nico Hulkenberg, será substituído pelo venezuelano Pastor Maldonado, campeão da GP2.
Hispania troca japonês por austríaco no GP do Brasil
Em meio a avalanche de críticas pelo fiasco que foi na temporada, a Hispania resolveu promover troca de última hora para o GP do Brasil. O austríaco Christian Klien irá substituir o japonês Sakon Yamamoto pela segunda vez na temporada. O piloto, que também defendeu a equipe em Cingapura, participará do GP do Brasil correndo ao lado do brasileiro Bruno Senna.
"Estou animado para essa prova no Brasil, onde corri duas vezes, a última em 2005. Creio que posso conseguir bons resultados", projetou. "O circuito é bem desafiador e estaremos correndo no sentido anti-horário, que tornará bastante difícil para o pescoço", completou.
Enquanto isso, outro brasileiro, Lucas Di Grassi, da Virgin, rebateu o britânico Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, que criticou severamente o trio de novatas na categoria - Virgin, Hispania e Lotus. "Foi ele que colocou essas equipes na Fórmula 1. Ele está certo na medida em que não conseguimos resultados expressivos, mas precisamos de tempo para evoluir", defendeu-se.
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