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Espetáculos de Senna entraram para a história
Thiago Silva
Do Diário do Grande ABC
03/11/2010 | 07:33
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Considerado um dos melhores pilotos de todos os tempos da Fórmula 1, o tricampeão Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991) venceu apenas duas vezes o Grande Prêmio do Brasil, mas, talvez, não precisasse de mais.

A primeira veio da forma mais dramática possível. Em 1991, ele fez a pole position com sua McLaren e liderou a corrida tranquilamente até a 65ª volta - faltavam sete para o fim da prova -, quando tentou engatar a terceira marcha, que não entrou. Mudou para a quarta e o resultado foi o mesmo.

Duas voltas depois, a quinta marcha seguiu pelo mesmo caminho e a diferença para Riccardo Patrese, da Williams, caiu de sete para dois segundos. Mas, como guerreiro, levou o carro - apenas com a sexta marcha - até a bandeirada e precisou ser retirado do carro de tão exausto.

Em 1993, sua McLaren não era tão veloz, mas ele continuava sendo o melhor. Naquele GP do Brasil teve de tudo, com bastante chuva, nove acidentes e três colisões.

Ele passou ileso por todos contratempos e, mesmo com o carro nitidamente pior, ultrapassou Damon Hill, da Williams, e venceu a corrida. Fascinados, os torcedores invadiram a pista, tiraram Senna do carro e carregaram-no no colo para festejar a última vitória do brasileiro em seu País. Thiago Silva

Circuito paulistano é casa do ferrarista Felipe Massa

Felipe Massa já deixou claro que Interlagos é a sua casa e vem comprovando isso com resultados nas últimas temporadas.

Em seu primeiro ano de Ferrari, em 2006, faturou o GP do Brasil, sem dificuldade alguma, de ponta a ponta. No ano seguinte, Massa apenas não venceu porque ajudou seu companheiro, Kimi Raikkonen, a ganhar o título.

Em 2008, o brasileiro terminou em primeiro, mas o resultado teve gosto amargo. Disputando o título, ele precisava ganhar e torcer para que Lewis Hamilton, da McLaren, terminasse a corrida abaixo da quinta colocação, posição que o inglês conquistou na última curva. TS

Interlagos é palco da única vitória de José Carlos Pace

Em 1977, a Fórmula 1 perdeu um dos promissores pilotos da categoria: José Carlos Pace, que morreu em acidente de avião. Porém, ele cravou seu nome na história do Grande Prêmio do Brasil.

Interlagos foi o palco da segunda corrida da temporada 1975. Pace, que estava na Brabham, largou em sexto, mas ultrapassou três carros na primeira volta. Pouco depois, era o segundo e faltava apenas Jean-Pierre Jarier, do UOP-Shadow, mas o carro do francês quebrou na 32ª volta, e Pace faturou a prova, com Émerson Fittipaldi em segundo.

Em homenagem, o circuito de Interlagos foi batizado como Autódromo José Carlos Pace.

‘Rei do Rio', Piquet nunca ganhou na Capital paulista

O tricampeão mundial Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) dá seu nome ao Autódromo Internacional de Jacarepaguá, no Rio, por um simples motivo: foi o único brasileiro que venceu o Grande Prêmio do Brasil no circuito carioca (1983 e 1986), porém, ele nunca ganhou em Interlagos.

O triunfo de 1983 foi na primeira corrida daquela temporada, abrindo o caminho para o título. Três anos mais tarde, o brasileiro voltou a ficar em primeiro no GP do Brasil, colocando quase 35 segundos de vantagem para o segundo colocado, Ayrton Senna. Em Interlagos, a melhor posição de Piquet foi o quinto lugar, em 1991, em quatro vezes que correu no circuito paulista.




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