Duzentos mil brasileiros que vivem no Exterior estão aptos a votar nas eleições presidenciais de amanhã em 154 cidades espalhadas pelos cinco continentes, para as quais a Justiça Eleitoral enviou 579 urnas eletrônicas. Como no Brasil, os resultados serão conhecidos logo depois do encerramento da votação.

Quando a eleição começar no Brasil, às 8h, ela já terá sido encerrada na Oceania e em grande parte dos países asiáticos. Se a tendência do primeiro turno se repetir, a abstenção será alta.

Dos 200.392 mil eleitores registrados nas embaixadas e consulados brasileiros, apenas 88.977 compareceram para votar no dia 3, o que significou abstenção de 55,52%. À diferença do que ocorreu dentro do Brasil, o vencedor fora do País foi José Serra (PSDB), com 40,25% dos votos válidos. Dilma Rousseff (PT) obteve 36,81% e Marina Silva (PV), 20,43%.

O ‘colégio eleitoral' do Exterior representa 1,85% do total de 135,8 milhões de brasileiros aptos a votar na disputa presidencial.

O tucano ficou à frente da petista na Oceania e em grande parte dos países asiáticos. No Japão, que possui o maior colégio eleitoral da região, Serra obteve 53% dos votos válidos. Dilma alcançou 30% e a candidata do PV, 13%. Dos 11.827 registrados como eleitores no país, apenas 3.415 deram seu voto no primeiro turno.

A maioria dos brasileiros que vivem na Austrália, Nova Zelândia, China e Coréia do Sul também deu seu voto a Serra.

A petista foi a vitoriosa em vários países europeus, como Portugal, França, Itália, Suécia, Suíça, Espanha e Dinamarca. A capital da Inglaterra, Londres, foi uma das poucas cidades do continente que deu a Serra a maioria dos votos. Dilma também foi a preferida dos brasileiros que vivem na Argentina, no Uruguai e em Cuba.

No maior colégio eleitoral no Exterior, os Estados Unidos, Serra foi o grande vencedor. Em Miami, o tucano teve 2.510 votos e Dilma ficou em terceiro lugar, com 622, atrás de Marina, que obteve 1.051. Em Nova York, 3.753 eleitores escolheram Serra e 2.198 deram voto a Dilma.