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Aventura de M.Night Shyamalan não empolga
Do Diário do Grande ABC
Com AE
20/08/2010 | 07:08
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O diretor M. Night Shyamalan ia chamar seu novo filme de Avatar quando foi surpreendido pelo lançamento - e extraordinário sucesso - da saga em 3D de James Cameron. Mudou para O Último Mestre do Ar que estreia hoje nos cinemas brasileiros e chega ao Grande ABC com cópias em seis salas no formato convencional e em terceira dimensão.

Convenhamos, o título não tem a mesma força, apesar de ser o mesmo da animação na qual é baseado. Mas também não precisava de muita coisa para nomear essa aventura de traços místicos que, mesmo sendo também em 3D, parece muito meia-boca para merecer título mais pomposo.

O Avatar de Shyamalan - responsável por filmes como O Sexto Sentido (1999), A Vila (2004) e Fim dos Tempos (2008), seu mais recente título - é um garoto cheio de poder, que teria controle sobre as forças dos quatro elementos que compõem o mundo: ar, água, terra e fogo.

Cada um dos povos controla um dos elementos da natureza. Só o Avatar domina os quatro. Seria uma força de unificação, num mundo dividido. Uma leitura metafórica passaria por aí, se não fosse abusiva: é preciso uma força superior a todas as outras (uma espécie de polícia do mundo, diríamos) para que cada qual não se perca na exuberância de sua força particular.

EFEITOS SEM GRAÇA
No mundo de Shyamalan, a força do mal, a mais descontrolada, é a do fogo. Seriam os guerreiros, por natureza. As mais benignas, as do ar. E estas, na figura de dois personagens, fornecerão ajuda ao garoto Aang (Noah Ringer), o novo Avatar. Sim, porque, na história, ele foi insuficientemente treinado para combater o mal e não desenvolveu todos os seus poderes.

Nesse ambiente mitológico, o diretor usa e abusa dos efeitos especiais, que, pela repetição, acabam perdendo eficiência. O mesmo se pode dizer das artes marciais e suas coreografias. Quem viu uma luta, viu todas. Nem se deveria perder tempo em comentar as possíveis ideias por trás da história. Não existem. Ou são infantis demais, sem querer sê-lo.

NACIONAL
Outra produção que movimenta os cinemas é Cabeça à Prêmio, com cópias espalhadas somente em São Paulo. A produção marca a estreia do ator Marco Ricca - que também assina o roteiro - como diretor de longas-metragens.

O filme mostra o poder dos irmãos Miro (Fúlvio Stefanini) e Abílio (Otávio Müller) em região da fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia. Enquanto lidam com negócios ilegais, eles terão de enfrentar o fato de que Eliane, filha de Miro, inicia romance com o piloto de avião da fazenda da dupla.




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