Política Titulo Edital do trem-bala
Procuradora estuda ação contra Dilma
16/07/2010 | 09:11
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A vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau disse que requisitou as fitas da cerimônia de lançamento do edital do trem-bala para estudar a possibilidade de entrar com ação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por abuso de poder político e uso da máquina pública em favor da candidata do governo, Dilma Rousseff. A ação também pode ser feita contra a candidata petista. Sandra Cureau disse que, pelo que ela leu nos jornais, em tese, houve abuso de poder político e uso da máquina pública. "Isso é absolutamente proibido", afirmou.

Esse tipo de ação que Sandra Coureau estuda ingressar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), se acatada, pode resultar até na cassação da candidatura da pessoa beneficiada pelo uso da máquina, no caso Dilma Rousseff. Pela ação, o presidente Lula pode ser punido com multa e até responder ação por abuso de poder político.

Na terça-feira, durante cerimônia oficial de lançamento do edital do trem-bala que ligará São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, o presidente Lula promoveu a candidata Dilma Rousseff, atribuindo a ela a responsabilidade pelo projeto do Trem de Alta Velocidade. "A verdade é a seguinte: eu não posso deixar de dizer, aqui, que nós devemos o sucesso disso tudo que a gente está comemorando aqui a uma mulher. Na verdade, nem poderia falar o nome dela porque tem um processo eleitoral, mas a história a gente também não pode esconder por causa de eleição", disse o presidente, em solenidade no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo. "A verdade é que a companheira Dilma Rousseff assumiu a responsabilidade de fazer esse TAV, e foi ela quem cuidou, junto com a Miriam Belchior, junto com a Erenice (atual ministra da Casa Civil)", continuou, sob aplausos de uma plateia de funcionários comissionados, políticos da base aliada e militantes.

Cartilha - O Palácio do Planalto e a campanha da petista Dilma Rousseff mandaram a Secretaria Especial de Política para as Mulheres interromper a distribuição do kit com cartilhas, livros e cartazes que pede voto para mulheres e inclui discurso de seis páginas da candidata à Presidência da República. A decisão foi tomada ontem pelo Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams, o departamento jurídico da campanha de Dilma e integrantes da Casa Civil.

Em outra frente, a secretaria para Mulheres foi orientada a negar qualquer intuito eleitoral e garantir que não há mais publicações para ser distribuídas - embora ontem o material tenha sido entregue numa conferência sobre mulheres em Brasília.

 




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