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Técnicos confrontam estilos diferentes, mas vencedores
Anderson Fattori
Com Agências
11/07/2010 | 07:27
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A qualidade técnica de Espanha e Holanda sugere que o vencedor da Copa do Mundo seja definido nos detalhes ou no emocional de quem estiver melhor preparado para dar o bote no momento decisivo. Apostando nisso, o técnico holandês Bert van Marwijk adotou atitudes inesperadas na reta decisiva. Primeiro liberou seus jogadores do confinamento para encontro com namoradas/mulheres. Depois, ao invés dos exautivos treinos táticos, preferiu a descontração.

"Pedi a meus jogadores que sejam eles mesmos, que não mudem nada do que foi apresentado até aqui. Não adianta impor treinos pesados neste momento, não se altera o estilo de uma equipe em dois dias", ressaltou o treinador, que foi realista ao analisar o encontro de hoje. "É preciso ter coragem para enfrentar a Espanha, que é o melhor time dos últimos anos. Mas estamos prontos", completou.

Adepto da conversa, o treinador fez questão de tirar o peso das costas de seus jogadores pela cobrança do título inédito. Vice-campeã em 1974 e 1978, a Holanda evitar pensar no passado. "Meus jogadores não precisam de motivação extra e nem de outra ajuda. Não estamos pensando em objetivos não alcançados do passado. Queremos ganhar a final. É o que conta. Pensamos apenas na decisão", assegurou o treinador, que deve manter o time que derrotou o Uruguai na semifinal.

Seu adversário é o sempre discreto Vicente Del Bosque. O técnico espanhol é daqueles personagens aparentemente imunes às emoções, incapaz de vibrar até mesmo nos momentos dos gols. E hoje não deve ser diferente. "A alegria está dentro de mim. Sou discreto para expressar meus sentimentos", explicou o espanhol. "Uma decisão de Copa do Mundo não é uma partida que se joga todos os dias. É, com certeza, o jogo mais importante da minha vida", garantiu.

Profundo conhecedor do futebol, o treinador foi preciso ao analisar a decisão contra a Holanda. "Os dois times vão jogar embalados pelo grande momento que atravessam. Ambos têm jogadores de qualidade técnica e criatividade. Não tenho dúvidas que será uma grande propaganda para o futebol bonito", comentou ele, que só tem uma dúvida: Pedro ou Torres no ataque.

Histórico de confrontos é marcado por grande equilíbrio

Se em campo Espanha e Holanda projetam confronto extremamente equilibrado na final da Copa, a história entre as seleções não foge à regra. Em nove duelos, cada equipe venceu quatro vezes e aconteceu um empate. A Fúria marcou 15 gols contra 11 da Laranja Mecânica.

A partida de hoje será a primeira em Copa do Mundo e logo na decisão. Antes, os jogos mais importantes envolvendo as seleções foram válidos pela Eurocopa de 1984. No turno, em Sevilha, a Fúria ganhou por 1 a 0, mas na volta, em Roterdã, deu Holanda: 2 a 1.

O último encontro entre as seleções aconteceu em 2002, em amistoso disputado na cidade de Roterdã. Os holandeses venceram por 1 a 0, gol de Frank de Boer aos 32 minutos de jogo.

Três jogadores que entram em campo hoje no Soccer City estavam naquela partida: Ooijer (zagueiro reserva) e Van Bommel, pelo lado holandês, e Puyol, pelo espanhol.




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