Na semana passada, Diário mostrou que o terreno na Avenida
Encarnação que abrigaria unidade virou depósito de caçambas
Conselheira de Saúde de Diadema, Ismênia Nascimento da Silva protocolou pedido para que o Ministério Público apure a situação da construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Piraporinha. Com previsão inicial de entrega para dezembro do ano passado, a obra sequer saiu do papel.
Na semana passada, o Diário mostrou que o terreno na Avenida Encarnação que abrigaria a unidade virou depósito de caçambas de entulho e abrigo de mendigos. A Prefeitura, chefiada por Lauro Michels (PV), havia informado que a construção estava paralisada porque vai revisar o projeto da UPA desenhado no governo de Mário Reali (PT).
"A UPA está prometida desde 2012. Sabemos que há dinheiro do governo federal para a UPA desde 2011", alegou Ismênia, conselheira municipal desde 1992 e que também tem assento no conselho gestor do Hospital Municipal, em Piraporinha. "São R$ 3 milhões que estão parados porque a obra não anda."
A União destinou R$ 2,6 milhões à Prefeitura de Diadema para a construção de uma UPA tipo 3, atrás do Hospital Municipal. Com estimativa de atendimento de 450 pacientes por dia e 20 leitos, o equipamento é considerado essencial para melhoria das atividades do maior complexo hospitalar da cidade e foi promessa de campanha de Lauro e Reali.
O Paço já realizou licitação para execução do serviço - a vencedora foi Ematec Engenharia e Sistemas de Manutenção. Mas não há prazo para a retomada da intervenção no local.
DOCUMENTAÇÃO
A conselheira de Saúde criticou a prestação de contas do Executivo. Segundo Ismênia, desde a gestão de Aparecida Linhares Pimenta (no governo Reali), a Prefeitura não disponibiliza relatórios fiscais da Pasta em papel para análise dos conselheiros.
"Eles ficam passando slides, com um monte de números. Cinco minutos depois já esquecemos a maioria dos dados", disse a conselheira. "A secretaria diz que imprimir os relatórios onera os custos da Saúde. Mas, por slides, acabamos assinando uma folha em branco, sem fiscalizar", contou Ismênia, que afirmou que a metodologia também é adotada por José Augusto da Silva Ramos (PSDB), atual titular da Saúde de Diadema.
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