Em sessão extraordinária e em menos de meia hora ontem, a Câmara de Mauá aprovou em definitivo a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O projeto não recebeu nenhuma emenda, nem mesmo da oposição, que votou contra a proposta.

O presidente da Casa, Rogério Santana (PT), achou estranha a ausência de debate em torno da matéria. O petista, inclusive, convocou a sessão para que os parlamentares tivessem mais tempo para analisar a propositura, uma vez que a medida deve ser encaminhada para que o Executivo a sancione até o dia 30. "Foi tudo tranquilo e até estranhei. Esperava debate mais aprofundado. Mas o projeto está muito bom, redondo. Na verdade são diretrizes para orçamento pequeno e demanda grande da cidade." A previsão orçamentária para 2011 é de R$ 511,4 milhões.

Na primeira votação, que ocorreu na terça-feira, a LDO foi aprovada sem ter sido citada por nenhum dos vereadores. O assunto da sessão girou em torno da mudança do nome de uma escola municipal envolvendo a avó da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) e ex-secretária de Educação do prefeito Oswaldo Dias (PT).

O líder governista, Rômulo Fernandes (PT), ressaltou que os pares devem se esforçar para aumentar a participação popular em votações como as de ontem. "Os vereadores devem se empenhar para que a sociedade organizada esteja presente. Isso é autocrítica também. Temos que convidar ONGs, sindicatos, igrejas, entre outros."

Embora não tenha apresentado emendas, como cogitado anteriormente, o oposicionista Manoel Lopes (DEM) não deixou de falar na tribuna. "Sou contra porque a LDO prevê aumento do IPTU, alteração do código tributário e revisão da taxa de luz."

Rômulo Fernandes foi categórico ao retrucar as críticas. "É uma mentira. A LDO prevê revisão em toda arrecadação da administração. Revisão não significa aumento. Não existe essa palavra na peça. O apelido do Manoel é vuvuzela porque dá o tom do discurso dele."