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Vereadores cobram
ações para Saúde

Crise nas UPAs de Mauá é debatida com prefeito Donisete
Braga e a secretária da Pasta do município Lumena Furtado

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
13/04/2013 | 07:34
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A crise na Saúde em Mauá foi o tema preponderante na reunião realizada ontem no gabinete do prefeito Donisete Braga (PT) com 18 dos 23 vereadores. Com munícipes sofrendo pela falta de médicos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24 horas), os legisladores aproveitaram o diálogo com o gestor municipal e com a secretária responsável pelo setor, Lumena Furtado, para buscar informações sobre medidas a serem tomadas pelo Paço que, para achar uma solução ao impasse, enviará dois projetos para Câmara.

Tema recorrente nas sessões do Legislativo, a falta de médicos nas UPAs vem se tornando o calcanhar de Aquiles para Donisete. Mesmo que tenha cenário amplamente favorável para aprovação de projetos do Executivo, o governo sofre forte questionamento dos vereadores em razão do quadro deficitário encontrado nos equipamentos de Saúde em Mauá. Portanto, no encontro, o foco não haveria de ser outro.

Diante dos parlamentares, Lumena explanou os dois projetos que pretendem encaminhar para a Câmara nos próximos dias. O primeiro deles prevê a criação de 14 cargos de gerentes para as quatro UPAs, postos de Saúde Mental e CAPs (Centros de Atenção Psicossocial). Segundo a secretária de Saúde, o Paço adotará perfil técnico para a contratação dos gerentes e cada um ganhará R$ 5.100 mensais. Para o município contar com novo serviço, ao todo, sairão dos cofres municipais pelo menos R$ 928,2 mil no ano.

A medida visa ampliar o poder de fiscalização da Prefeitura a médicos que não cumprem a carga horária durante o expediente. "Não temos condições de acompanhar tudo sem um gerenciamento nos equipamentos" justifica Lumena.

O segundo projeto estabelece reajuste salarial para médicos que recebem os vencimentos diretamente da Prefeitura. A finalidade será equiparar com os vencimentos dos profissionais selecionados pela Fundação ABC, instituição que administra as UPAs - esses especialistas recebem entre R$ 907,21 a R$ 1.259,61 por plantão. A propositura será encaminhada ao Parlamento até o início de maio. Com isso, a administração municipal espera estancar o êxodo de mão de obra para outras cidades do Grande ABC, onde os médicos são melhor remunerados.

"Saúde foi o tema que predominou na conversa com os vereadores. Estamos fazendo uma correção da estrutura até porque não temos os responsáveis para cada unidade. Estamos participando na discussão regional na remuneração salarial. Vamos equiparar o salário na região para garantir os clínicos e pediatras na cidade", avaliou Donisete.

Enquanto isso, Paço agiliza para normalizar a situação nos equipamentos de Saúde. Por meio da Fundação ABC, a Prefeitura anunciou que está contratando 40 profissionais para plantões de 12 horas.

 

PROJETO DE URGÊNCIA

Donisete abordou projetos a serem encaminhados à Câmara na próxima semana. A propositura que será votada entre os vereadores em caráter de urgência é o reajuste salarial de 6,87%, pois a folha de pagamento do Paço fecha no dia 25. O montante será pago em duas parcelas: abril e agosto.

Outro projeto de lei apresentado aos vereadores estipula em R$ 2.600 o salário dos conselheiros tutelares. Hoje, um conselheiro ganha R$ 1.200. O texto também deve ser encaminhado na próxima semana.

O prefeito também confirmou que o Refis (Programa de Recuperação Fiscal) chega à Câmara até o fim de maio.




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