Em reunião com comissão de Sto.André, diretor da companhia estadual, Admir Ferro, relata pendências
O diretor da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), Admir Ferro (PSDB), reafirmou ontem, em encontro na Câmara de Santo André, que a empresa Rhodia ainda não enviou toda a documentação para o andamento do processo do Poupatempo de serviços na cidade. O tucano relatou à comissão de vereadores que falta o encaminhamento de dois relatórios à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) para a liberação do uso da área.
Ferro considerou que, logo que a Prodesp receber o material completo da companhia, no dia seguinte equipe técnica irá vistoriar o imóvel, localizado na Rua Antonio Cardoso, bairro Bangu. "Temos interesse na agilidade. Fazendo o Poupatempo em Santo André vai desafogar o Poupatempo de São Bernardo", disse o diretor, ao completar que, para o Estado, não há exigência da construção ser realizada na área da Rhodia. "Precisa de terreno que esteja totalmente regularizado."
A Prodesp é empresa do governo do Estado responsável pela execução do projeto do Poupatempo. Ex-vereador de São Bernardo, o tucano compareceu ao encontro a pedido da comissão de assuntos relevantes, instaurada no Legislativo para acompanhar os desdobramentos da implantação do equipamento estadual. A frente é composta pelos vereadores Edson Sardano (PTB, presidente), Elian Santana (PTdoB), Almir Cicote (PSB), Cosmo do Gás (PDT) e Donizeti Pereira (PV).
Para a efetivação do Poupatempo, a Prodesp aguarda a liberação da Cetesb e a doação do terreno do Estado, a ser viabilizada pela Prefeitura de Santo André, pelo prazo mínimo de 20 anos. A área foi adquirida pelo governo Aidan Ravin (PTB) no valor de R$ 8,3 milhões. Outro impasse fica por conta da entrada do Poder Judiciário no caso, que determinou peritos técnicos no local para apurar se houve, de fato, a descontaminação do solo e eventual pagamento de preço superestimado.
Sardano afirmou que o próximo passo da comissão será fazer agendamento no MP (Ministério Público) para analisar a situação atual do processo. "Vamos coletar informações para entender a realidade. Procurar todas as partes, porque o Estado está disposto a instalar o equipamento na cidade", alegou o petebista. Depois desse encontro na Promotoria, o grupo pretende reunir-se com a Rhodia e representante da Cetesb.
A comissão cogita convocar audiência pública no Legislativo, convidando todos os envolvidos para esclarecimentos do imbróglio. A ala se mostrou defensora de que a área escolhida seja a da Rhodia. "Faremos todo o esforço. Afinal não há na cidade terreno disponível de mais fácil acesso. O espaço está perto de tudo, ao lado da estação de trem e de ônibus", analisou Donizeti Pereira.
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