Em reunião com a bancada de vereadores do PT de Diadema, o ex-prefeito Mário Reali (PT) - hoje assessor para assuntos metropolitanos da prefeitura de São Paulo - se colocou como candidato a deputado estadual no ano que vem e refutou brigar por cadeira de deputado federal, desejo do chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

No encontro, Reali defendeu o projeto de resgate do mandato na Assembleia Legislativa, exercido de 2003 a 2008, quando foi eleito para comandar o Paço de Diadema. Ele falou também sobre a unidade partidária, estremecida desde a derrota para Lauro Michels (PV) em outubro.

O posicionamento de Reali altera os planos de Marinho, que queria ver o correligionário recuperando a vaga diademense no Congresso, já que o também ex-prefeito de Diadema e hoje secretário de Saúde de São Paulo, José de Filippi Júnior (PT), está licenciado do cargo de deputado federal.

Com Reali na corrida eleitoral à Câmara Federal, o caminho ficaria aberto para a candidatura de Teonílio Monteiro da Costa, o Barba (PT), diretor financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e nome da entidade para a briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Segundo o presidente do PT diademense, vereador Josa Queiroz, o objetivo inicial é construir a unidade partidária antes de viabilizar o projeto de Reali. "A sinalização do Mário foi importante, mas não podemos antecipar o lançamento de uma candidatura. Ainda há alguns cenários a serem estudados, como apostar em candidatos a federal e estadual. Não podemos nos precipitar", afirmou o dirigente.

Josa avaliou que o PED (Processo de Eleições Diretas), que ocorre em novembro para escolha do novo presidente do diretório, também precisa entrar no debate partidário sem prejudicar a construção de uma candidatura a deputado estadual.

Reali garantiu que não tem vontade de presidir a sigla na cidade.

Antes da sinalização do ex-prefeito, o diretório petista se desenhava para uma divisão na eleição do ano que vem. Os vereadores Josa, Orlando Vitoriano e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, ensaiavam apoio a Barba, enquanto Lilian Cabrera, José Antônio da Silva e Ronaldo Lacerda defendiam a candidatura de Reali.