Política Titulo Corrupção
Governo busca solução para Tuma Jr.
12/06/2010 | 07:50
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O delegado Romeu Tuma Júnior, licenciado da Polícia Civil de São Paulo, não deve retornar ao cargo de secretário nacional de Justiça, o segundo mais importante do Ministério da Justiça, quando terminarem suas ferias na segunda-feira.

Desgastado com a denúncia de envolvimento com a máfia de contrabando de produtos eletrônicos comandada pelo chinês Li Kwok Kwen, preso em setembro pela Polícia Federal, Tuma teve seu destino selado ontem, em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro Luiz Paulo Barreto.

A forma do afastamento, porém, ainda está sendo negociada com o próprio secretário. Temperamental, Tuma resiste à ideia de pedir demissão, porque no seu entendimento seria confissão de culpa. Bombeiros do governo passaram a tarde tentando convencer o secretário e evitar o constrangimento de ser demitido por ato administrativo. Lula autorizou Barreto a negociar saída não traumática com Tuma, fiel à sua praxe de não punir antecipadamente auxiliares enredados em inquéritos, sem condenação judicial.

Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela PF durante a Operação Wei Jin, desencadeada no ano passado, revelaram ligações estreitas do contrabandista, conhecido como Paulo Li e o secretário, conforme série reportagens publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo a partir do dia 5 de maio.

As interceptações da polícia mostraram Tuma Júnior encomendando produtos eletrônicos ao contrabandista e acertando com ele providências para legalização de imigrantes chineses que chegam ao Brasil irregularmente em grande quantidade todos os anos.

Tuma admitiu que conhecia Paulo Li, mas negou que soubesse de suas atividades ilegais do contrabandista. Negou também que tivesse usado o cargo para favorecer amigos.




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