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Diretor boa-praça

Marcio Garcia se cerca de bons atores; carioca deixou de lado
posto de galã para se aventurar no papel de diretor de cinema

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
13/04/2013 | 07:30
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Acostumado a trabalhar diante das câmeras, Marcio Garcia tem ganhado experiência atuando nos bastidores. O carioca deixou um pouco de lado o posto de galã para se aventurar no papel de diretor de cinema. Apesar da carreira curta, ele já teve a oportunidade de desenvolver projetos e trocar experiências com importantes atores brasileiros e internacionais.

Seu mais recente longa-metragem é o drama 'Angie', em cartaz nos cinemas de São Paulo. Para contar a história da personagem título, que deixa a família para ir em busca de respostas pessoais por diferentes cidades dos Estados Unidos, Garcia comandou elenco com nomes como o cubano Andy Garcia ('O Poderoso Chefão 3' e a trilogia 'Onze Homens e um Segredo'), a norte-americana Juliette Lewis ('Assassinos Por Natureza') e a brasileira Christiane Torloni.

"Quando você dá um personagem para um ator, você tem de fazer com que ele tome posse daquilo. Meu processo como diretor é tanto no sentido ativo como passivo, gosto de dirigir e de ser dirigido. Procuro dar uma direção sem dizer como eu quero que ele faça o trabalho", explica.

Entre o aprendizado na nova empreitada, o agora cineasta ressaltou a importância da pré-produção junto com os atores. "Aprendi que esse processo de motivação tem de vir antes de todos estarem no set de filmagem", afirma. A liberdade para lidarem com o roteiro também foi fundamental para o andamento do filme independente. Falas foram cortadas e outras acrescentadas pelos próprios intérpretes para tentar darem mais veracidade à trama - incluindo uma estranha piada contada pelo desabrigado Chuck (Andy Garcia) em conversa com Angie (papel de Camilla Belle).

Confirmar a presença do elenco não foi tarefa das mais fáceis. "Com o Andy, por exemplo, tivemos uns dez dias de leitura e colocamos tudo na mesa. Discutimos o personagem, a forma como o roteiro deveria ser falado. Ele me questionou bastante para saber onde estava entrando", lembra Marcio. "O processo tinha de ser bem consistente para ele topar e eu também tinha de convencê-lo de que éramos capazes. Lá fora os atores não têm novelas e peças que viajam por aí como é comum no Brasil. Por isso eles se envolvem muito nos poucos filmes que fazem." Foram necessários três dias de conversas por vídeoconferência para convencer o cubano a participar do título.

O diretor já pensa em seu futuro no cinema. O próximo passo é transformar seu curta-metragem 'Predileção' (2009) em um longa. Talvez o grande chamariz seja a presença do popular John Travolta como um veterano bandido. Colin Farrell estava nos planos para outro papel, mas acabou descartado.




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