Não à toa diversos goleiros tornam-se técnicos de futebol após pendurarem as luvas e chuteiras. Leão, Zetti, Sérgio Guedes. São inúmeros os exemplos. E hoje, o Santo André tem um treinador dentro de campo ainda em atividade: o capitão Júlio César.

A saída de dez jogadores - entre eles seis titulares - após a campanha vice-campeã paulista deixou o time desfigurado e acarretou na perda de entrosamento do time. Nas três primeiras rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro foi visível o quanto o Ramalhão sofreu com a falta de tempo para treinar os novos contratados e acostumá-los àqueles que já estavam no clube. Assim, cabe a Júlio César, durante as partidas, tentar arrumar a casa.

"Já é de mim essa característica. Não é porque sou o mais velho, mas é uma natureza minha cobrar a perfeição tanto de mim quanto de meus companheiros. Converso com o Sérgio (Soares, técnico) a respeito e sabemos que neste momento é necessário ter paciência, porque os jogadores que chegaram ainda estão se adaptando, têm características diferentes daqueles que vinham jogando, mas com o tempo vão adquirir todo o entrosamento necessário", explicou o camisa um que, como os demais companheiros, a comissão técnica e os dirigentes do clube, tem como principal objetivo devolver o Ramalhão à Série A do Brasileiro.

Muito se diz que a pausa para a Copa do Mundo será essencial aos times, sobretudo para aqueles que reformularam os elencos, como o Santo André. Júlio César, no entanto, chama atenção para o fato de ainda haver quatro jogos até a parada. "A gente vem cobrando fechar essas partidas dentro do G-4", afirmou. "E, durante a pausa, devemos descansar dez dias e aproveitar os outros 20 para encaixar a equipe", concluiu.