Política Titulo Sem proposta
Servidor de Diadema prevê paralisações por reajuste
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
26/03/2010 | 08:04
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Sem nenhuma proposta do governo Mário Reali (PT) para apresentar à categoria na assembleia de ontem, ocorrida em frente à Prefeitura de Diadema, representantes do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) prometem intensificar a mobilização da campanha salarial deste ano. Entre as ações estão programadas paralisações em setores estratégicos da administração - as datas e os locais não serão informados antecipadamente pela direção sindical.

Pelo menos até o dia 7, quando ocorre nova reunião com a administração petista no período da manhã. "Esperamos que nesse dia tenhamos uma proposta concreta do governo para passarmos para a categoria", afirmou o vice-presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno. A assembleia está programada para o mesmo dia, a partir das 17h, na sede da entidade sindical.

Na pauta geral de reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 11% (5,62% referente à inflação acumulada entre março de 2009 e fevereiro de 2010, mais 5,38% de aumento real); fim do contrato com a SP Alimentação e vale-refeição de R$ 396; vale-alimentação de R$ 22, redução da jornada de trabalho e proposta de plano de carreira.

No primeiro encontro deste ano com o governo Reali, ocorrido anteontem, a direção do Sindema saiu sem nenhuma proposta. "A Prefeitura alega não ter claro o orçamento e diz que passa ainda por dificuldades financeiras, mas ficou de avaliar nossa pauta de reivindicações", afirmou Neno.

A Prefeitura informou, por nota, que "apesar da expectativa de melhora nas finanças neste ano, o governo administra condição orçamentária que ainda exige a manutenção das medidas de contenção de despesas e ajuste de custeio".

Diante desse quadro, a Prefeitura adianta, ainda na nota oficial, que "essa realidade demonstra, no momento, as dificuldades de aplicação do reajuste de salário pretendido pelo sindicato, sem comprometer a prestação dos serviços públicos à população".

Em 2009, a Prefeitura sofreu diversos sequestros de receitas para pagamento de precatórios (dívidas judiciais), o que neste ano estancou com a nova legislação - o débito é pago de forma parcelada e mensalmente depositado.

Mesmo diante das dificuldades econômicas alegadas à entidade sindical e com atrasos nos pagamentos dos fornecedores, a Prefeitura criou 44 cargos públicos - 30 efetivos de agente administrativo e 14 comissionados, entrel eles um de corregedor-geral da Guarda Civil Municipal e dois de oficial de gabiente. Os dois projetos de lei foram aprovados no Legislativo há de 15 dias.

Na oportunidade, o próprio Sindema se colocou contrário às contratações, principalmente dos comissionados.Hoje, o prefeito Mário Reali comanda reunião de planejamento com o secretariado, o que deve resultar em aperto de cinto.




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