O dia 28 de março tinha tudo para ser o da demissão de Gilson Kleina. O Palmeiras se reapresentava após humilhante goleada de 6 a 2 sofrida para o Mirassol, pelo Campeonato Paulista. Mas o treinador foi mantido. Desde então, foram três vitórias e com boas atuações. A diretoria entende ter sido a primeira decisão acertada importante na gestão do presidente Paulo Nobre.

"Tínhamos certeza de que estávamos fazendo o correto ao mantê-lo, já que ele ainda não tinha tido condições adequadas para trabalhar", explicou o diretor executivo José Carlos Brunoro. "Mesmo com dificuldades, ele estava fazendo um bom serviço. Foi apenas a segunda derrota na competição. Não podíamos agir com a emoção."

Além dos resultados, outro fator que tem ajudado Gilson Kleina a permanecer no cargo é o relacionamento com o grupo. Como tem feito rodízio entre os atletas para disputar a Copa Libertadores e o Paulistão, praticamente todos os jogadores já foram utilizados na temporada e mesmo quem está fora não desanima.

"Parece até que ele dá mais atenção para quem está fora, já que um dia esse cara, que nem está indo para o jogo, pode ser necessário", falou Tiago Real, um exemplo desse tipo de situação. Voltando de lesão, teve a primeira oportunidade de atuar na temporada somente no último domingo e até fez gol diante a Ponte Preta.

E como a fase é boa, ontem o treinador recebeu mais duas boas notícias. Todos os 35 mil ingressos colocados à venda para a torcida do Palmeiras foram vendidos e o Estádio Pacaembu estará lotado para o jogo contra o Libertad, amanhã, pela quinta rodada do Grupo 2.

Além disso, Henrique e Kleber treinaram normalmente e estão de volta ao time, que pelo esboço do treinador no treino de ontem, pode adotar o 3-5-2.