Política Titulo S.Bernardo
Executivo chama entidades para reunião
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
24/03/2010 | 07:55
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A Prefeitura de São Bernardo convidou representantes de entidades conveniadas que reclama da administração por não encaminhar alunos do Ensino Infantil para reunião amanhã.

O Executivo tentará resolver o impasse denunciado pelo Diário nesta semana. As instituições dispõem de vagas para crianças de zero a 6 anos estudarem, mas a Prefeitura não repassa os alunos da fila de espera da rede municipal.

O Fórum de Assistência Social, composto por 30 entidades, procurou integrantes da Secretaria de Educação em duas oportunidades, mas não tiveram resposta até o momento. Terça-feira foi realizado encontro extraordinário do grupo em que era esperada a participação de representante do governo, mas foi cancelada de última hora.

A Prefeitura justifica que "desde 2009, a Secretaria de Educação vem ampliando e qualificando o atendimento prestado pelas entidades assistenciais conveniadas". Afirma que "isso reflete no envio de material escolar também para os alunos matriculados naquela rede (de apoio), bem como elevação do (repasse) per capita de R$ 197 (média) para R$ 300 a partir deste ano." No entanto, ainda não explica o motivo das vagas nas instituições não serem preenchidas, mesmo com fila de espera nas Emebs (Escolas Municipais de Ensino Básico) de 10 mil crianças.

Os integrantes do fórum preferem não debater o assunto na reunião de amanhã, pois a atividade tratará também de outros temas administrativos do setor educacional. As entidades irão propor encontro separado.

Enquanto a situação não se resolve, as mães são-bernardenses sofrem com os filhos fora da escola. A recepcionista Lúcia Marcelino, 41 anos, mãe de gêmeas de 2 anos e 4 meses, não consegue fazer inscrição na Emeb José Roberto Preto, próxima à sua casa, no bairro Santa Terezinha.

"Vou entrar com mandado de segurança na Defensoria Pública para garantir a vaga das crianças. Já perdi duas oportunidades de emprego porque não consegui matricular minhas filhas. Acho um absurdo isso, principalmente agora que sei que existem vagas em creches conveniadas", reclama Lúcia.




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