O primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva se negou a renunciar ao cargo, ao mesmo tempo em que milhares de "camisas vermelhas" se aproximavam nesta segunda-feira do quartel-general de crise do chefe de Governo, com o objetivo de exigir eleições antecipadas.
Os "vermelhos", favoráveis ao ex-premier no exílio Thaksin Shinawatra, quase 90 mil pessoas no centro de Bangcoc na noite de domingo segundo a polícia, deram um ultimato a Abhisit, que expirou ao meio-dia (2h de Brasília).
Os manifestantes se posicionaram diante do 11º regimento de infantaria, a 20 quilômetros do centro da capital, onde o governo está entrincheirado com o Estado-Maior militar.
"Os manifestantes queriam a dissolução do Parlamento ao meio-dia desta segunda-feira. A coalizão considera que este pedido não pode ser aceito", declarou Abhisit em discurso transmitido ao vivo pelos canais públicos.
O porta-voz do Exército, coronel Sunsern Kaewkumnerd, informou à AFP que 2 mil soldados foram mobilizados ao redor do regimento. Três helicópteros estavam prontos para uma eventual retirada dos membros do governo.
Dois soldados foram feridos em ataques com granadas contra o primeiro regimento de infantaria do Exército.
Abhisit Vejjajiva chegou ao poder no fim de 2008 com um jogo de alianças parlamentares e até o momento tem o apoio dos militares.
Os "camisas vermelhas" o consideram ilegítimo e não aceitam esperar até as próximas eleições, previstas para o fim de 2011.
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