Um dia após o projeto de lei do Executivo ser aprovado na Câmara, a Prefeitura de São Caetano já admite a possibilidade de redefinir o percentual das bolsas de estudos que serão concedidas aos alunos da FAPSS (Faculdade Paulista de Serviço Social) do município. Embora o projeto tenha sido aceito por unanimidade, o benefício limitado a 30% do valor da mensalidade (que é de R$ 612) foi objeto de discussão prolongada no Legislativo na sessão de terça.

O debate foi iniciado pelo oposicionista Edgar Nóbrega (PT), que reclamou integralidade no benefício. Gilberto Costa (PP) e Cidão do Sindicato (PDT) seguiram a mesma linha. A discussão ganhou força quando Paulo Bottura (PTB), líder do governo na Câmara, também se mostrou favorável à proposta de emenda ventilada por Nóbrega.

O secretário de Governo de São Caetano, Tite Campanella, revelou que foi procurado por Bottura. O petebista se adiantou às propostas de emenda que serão apresentadas por Edgar Nóbrega entre hoje e amanhã e reivindicou o aumento da porcentagem. Campanella admite uma redistribuição do montante de R$ 12 mil que serão investidos pela Prefeitura no programa.

"Estamos analisando a possibilidade de, ao invés de padronizar o desconto em 30%, oferecer bolsas de 10% a 80%, adequando-as às reais necessidades de cada aluno", afirmou o secretário. O número de 60 bolsas de estudos para os discentes da FAPSS será mantido.

A disposição do Executivo em atender solicitação que partiu da oposição no Plenário dos Autonomistas deixou Nóbrega satisfeito. "Isso mostra que a oposição começa a ser ouvida pela Prefeitura", analisou o petista.

A administração informou que a redistribuição da porcentagem das bolsas de estudos ainda será discutida com a direção da Fapss.