Economia Titulo Sindical
Bancários mantêm greve na terça

Sindicatos da categoria rejeitaram novamente, ontem, proposta dos bancos, que ofereceram aumento de 7,35%, ante 7% recusados na quinta

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
28/09/2014 | 07:01
Compartilhar notícia


Depois de analisar contraproposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), ontem, durante a oitava rodada de negociação, os sindicatos dos bancários de todo o País, representados pelo Comando Nacional, decidiram manter a greve a partir de terça-feira.

Os banqueiros sugeriram reajuste salarial de 7,35% para a categoria e de 8% para os pisos. A oferta anterior, de 7% de correção e 7,5% para os menores rendimentos, havia sido rejeitada pelos trabalhadores na quinta-feira. Amanhã, eles vão avaliar essa nova proposta, porém, o comando já adiantou que acha muito pouco esse aumento e reforçou o início da paralisação na terça. Os profissionais pleiteiam aumento de 12,5%.

“A proposta continua insuficiente”, afirma Eric Nilson, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC. “Além disso, não houve avanço nas reivindicações das cláusulas sociais, como melhoria de emprego, saúde e condições de trabalho.”

Nilson contou que a convocação para negociar ontem em São Paulo, em pleno sábado, reuniu representantes sindicalistas de todo o País. “Veio gente do Pará, do Rio de Janeiro. E para receber essa contraproposta? É uma provocação, já que a categoria está organizada para uma greve forte, buscando um índice melhor de reajuste”, desabafou, ao dizer que o sentimento era de indignação total dos profissionais ao fim da reunião.

Amanhã, às 19h, haverá assembleia na sede do sindicato, em Santo André, para que os trabalhadores votem essa última oferta e preparem os detalhes para a greve no dia seguinte, que será realizada de forma crescente, assim como nos anos anteriores. Ou seja, as 400 agências do Grande ABC não serão fechadas de uma vez e nem todos os 7.000 bancários cruzarão os braços já na terça. Sempre haverá uma parcela atendendo o público.

No ano passado, a falta de acordo levou à segunda maior greve da história do País, que durou 23 dias – perdendo apenas para a paralisação de 2004, que se estendeu por 30 dias.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;