O presidente colombiano, Alvaro Uribe, recebeu críticas duras na quarta-feira de durante um debate da Universidade Jorge Tadeo Lozano, localizada no centro de Bogotá.

Durante a conversa de quase quatro horas, professores e diretores criticaram Uribe por manter nos cargos funcionários questionados, o vínculo de políticos aliados com esquadrões de ultradireita e a proposta de vincular estudantes como informantes.

O reitor José Fernando Isaza acusou Uribe de exercer um "estado de opinião" similar ao de Fidel Castro ou de Saddam Hussein, o que irritou o presidente.

"As comparações que você fez, senhor reitor, não se compadecem com este tipo de fórum", disse.

Natalia Springer, professora de ciências políticas, criticou a decisão de Uribe de pagar a estudantes de Medellín e a taxistas de Cali para serem informantes do Exército.

"Os estudantes devem se dedicar a estudar, não a vigiar os outros", disse Springer.

Já a especialista em paramilitarismo Claudia López criticou a presença do narcotráfico em áreas como o Congresso, da maioria aliada ao governo.

No poder desde 2002 e reeleito em 2006, após uma polêmica primeira reforma constitucional, Uribe se recusa a responder de maneira direta se aspira a um terceiro mandato, mas a política de mão dura com as guerrilhas proporciona uma popularidade superior a 70% nas pesquisas.