Internacional Titulo Dilema
Chavez sofre baixas no Governo
Da AFP
27/01/2010 | 08:05
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O presidente venezuelano Hugo Chávez nomeou nesta quarta-feira o novo vice-presidente e ministro da Defesa, e escolheu duas pessoas que demonstraram "humildade" e fidelidade ao presidente, que vem enfrentando protestos pela saída do ar da rede de televisão RCTV, contrária ao governo.

O vice-presidente venezuelano será, a partir de agora, o atual ministro da Agricultura, Elias Jaua, eleito por sua "transparência, vocação para o trabalho, humildade, honestidade, em todos os cargos que ocupou", explicou o presidente.

O ex-líder estudantil de esquerda ocupou vários cargos de confiança nos quase 11 anos de governo de Chávez, como os de secretário-pessoal e ministro da Economia Popular.

Nos últimos tempos, foi encarregado de liderar a reforma agrária que o governo de Chávez deseja levar a cabo e que teve como resultado a "recuperação" de mais de 300 mil hectares de terras produtivas, apenas em 2009.

Este processo é muito criticado pela oposição, que o qualifica de "confisco" e acusa o governo de converter essas propriedades em terras improdutivas.

Recentemente, o próprio Chávez denunciou que foi descoberto um plano para assassinar Jaua, devido ao seu trabalho no ministério da Agricultura.

Para o cargo de ministro da Defesa o presidente venezuelano escolheu o general Carlos Mata Figueroa, do Comando Estratégico Operacional, organismo responsável pelas unidades operacionais das Forças Armadas.

Este militar é um homem próximo ao projeto socialista de Chávez e em 2008 fez um discurso no qual afirmou que o lema "pátria, socialismo ou morte chegou para ficar nos quartéis", já que os soldados "esperaram muitos anos por esse momento".

O novo ministro explicou que as Forças Armadas "continuarão trabalhando junto com o povo venezuelano e com o governo revolucionário que Chávez lidera".

Estas mudanças de cargos ocorrem em um momento de protestos nas ruas pela saída do ar da rede de televisão RCTV Internacional, crítica ao governo.

"Faço um chamado a esses setores para que em vez de estarem gerando violência, provocando mortos e angústia no povo, façam política. Comecem a recolher assinaturas pacificamente e peçam (um referendo)", falou Chávez.

Segundo o presidente, há um setor na sociedade venezuelana que está tentando desestabilizar o governo e manipulando os estudantes que saem em manifestações. "Não caiam em provocações. Estudantes, não se deixem levar pela onda de violência", pediu Chávez.

 




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