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Bonome dá aval ao PMDB, mas nega atuar no governo

Dirigente reaparece e faz 1ª reunião com vereadores pós-eleição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/04/2013 | 07:36
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O presidente do PMDB de Santo André, Nilson Bonome, ressurgiu ontem na Câmara e deu aval ao partido participar do governo Carlos Grana (PT), rechaçando, entretanto, que o acordo sinalize sua atuação na administração - fez parte por três anos na gestão Aidan Ravin (PTB).

O peemedebista teve encontro com Grana, só que negou que a reunião tratou de obter espaço próprio no Paço. "Tenho interesse que o PMDB tenha contemplação e que possa opinar nos projetos."

Sem aprofundar o assunto, Bonome disse que "há algumas coisas acontecendo na cidade" as quais, nesse momento, o afastam de cogitar a hipótese de integrar a Prefeitura. "Tem projetos em andamento e imediatamente participar do governo, para mim, geraria alguns problemas", avaliou o dirigente. O ex-prefeiturável declarou que ter apoio declarado do PMDB é o "início da pavimentação para que a legenda possa caminhar junto com o governo".

A preocupação central do acordo passou pelas eleições de 2014 e 2016. A ala peemedebista aguarda que a chapa federal Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (PMDB) seja mantida no ano que vem e, a partir disso, desdobrar essa aliança em outras esferas. "A nossa ideia é andar no mesmo sentido junto com o PT e a administração municipal", comentou Bonome, ao completar que não há necessidade de a abertura do Paço ser diretamente no primeiro escalão.

Com a aparição no Legislativo, o peemedebista buscou aparar as arestas com a dupla de vereadores da sigla: Sargento Juliano e José de Araújo, que recentemente anunciou adesão ao Paço, sem pedir consentimento da comissão provisória do PMDB local. Havia racha interno e, inclusive, os dois não deram apoio a Bonome no pleito de outubro. Essa foi a primeira reunião do dirigente com os parlamentares depois da eleição, na qual foi candidato à Prefeitura e obteve 17,3 mil votos (4,77%).

Juliano considerou que a reunião com Bonome foi produtiva para quebrar os resquícios do passado e que os dois lados tiveram que "ceder um pouco" para evitar fomentar o problema. Segundo ele, as partes estavam agindo com o fígado, o que só prejudica o crescimento da sigla na cidade. "Temos de agir com bom-senso até para não esfacelar o PMDB. Espero que essa briga tenha ponto final para que a gente possa fazer uma junção e sairmos unidos nesse processo."

Demonstrando que a situação não está completamente resolvida, Araújo não quis comentar sobre o encontro. "Não tenho nada a declarar. Não vou falar para não polemizar sobre o assunto", sintetizou. O vereador falou somente que defende a realização de convenção partidária para eleger diretório no PMDB, deixando de ser provisório. "Indico o Juliano para presidir (o partido)." Não há data para a convenção.

 

 




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