Cultura & Lazer Titulo Clima
Documento aumenta chances de acordo sobre clima
12/12/2009 | 10:33
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Um documento de sete páginas colocado na sexta-feira na mesa de negociação em Copenhague tornou concreta a chance de um acordo global na Conferência do Clima das Nações Unidas. Ele substitui um texto de cerca de 200 páginas sobre o qual seria difícil obter consenso em uma semana, prazo em que se encerra a reunião na Dinamarca. O documento está repleto de frases e números entre colchetes - pontos que precisam ser discutidos até haver um consenso. O texto seria uma proposta de protocolo, ou seja, os países passariam a ser cobrados internacionalmente para cumpri-lo (“juridicamente vinculante”).

Mas há lacunas, como a falta de números para financiamento das ações para combater o aumento da temperatura no mundo. Segundo o rascunho, cujas linhas gerais o Grupo Estado antecipou ontem, os envolvidos na negociação precisam decidir se querem limitar o aumento da temperatura a 1,5°C ou a 2°C. No caso das metas para os países industrializados cortarem as emissões de gases-estufa até 2020, o patamar mínimo proposto é 25%. Há quatro opções, todas em relação às emissões de 1990. A principal é corte entre 25% e 40%. As outras opções são reduzir em 30%, 40% ou 45%.

Dessa forma, muitas nações que já anunciaram seus compromissos precisarão aumentar a ambição. A meta dos Estados Unidos, de cerca de 4%, é muito menor que o porcentual mínimo incluído no texto. Para 2050, o corte mínimo sugerido aos ricos é 75% e o máximo, mais de 95%. O mundo todo deve reduzir em pelo menos 50%. Ontem, a União Europeia anunciou que sua meta passa a 30% de redução.

Já os países em desenvolvimento terão de fazer ações nacionais para reduzir as emissões projetadas para 2020. O valor do corte sugerido é uma variação entre 15% e 30%. No entanto, para agir, o grupo deve receber financiamento, tecnologia e capacitação dos países desenvolvidos. O rascunho foi elaborado pelo presidente e vice-presidente do grupo que discute ações de longo prazo para o clima: o maltês Michael Cutajar e o brasileiro Luiz Alberto Figueiredo. Entre os que se mostraram mais refratários ao texto de ontem estão EUA e Japão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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