Política Titulo Diadema
Futuro da Saned será tema de reunião no dia 18

Devendo R$ 1 bi, autarquia de Diadema busca acordo com Sabesp

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/04/2013 | 07:33
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Está marcada para o dia 18, às 11h, em São Paulo, reunião entre a diretora-presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, e o diretor-presidente da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), Elbio Camillo Júnior, para discutir a dívida estimada em R$ 1 bilhão da empresa municipal com a autarquia estadual.

A reunião é tratada pela equipe de governo do prefeito Lauro Michels (PV) como divisor de águas na negociação sobre o passivo bilionário, resultado do rompimento unilateral do contrato na década de 1990 e divergência de valor repassado pelo município para compra do metro cúbico de água.

O objetivo inicial da atual administração é manter a Saned sob controle da Prefeitura. Balanços iniciais obtidos ainda durante a transição apontaram que a empresa de saneamento é lucrativa. O bom relacionamento de Lauro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) é utilizado como trunfo para rediscutir o deficit sem que o Paço perca a gerência da Saned.

Até o ano passado, ainda no governo do petista Mário Reali, avançou a discussão para gestão compartilhada do saneamento da cidade. Pouco antes da eleição, a Câmara chegou a apreciar projeto de lei que criava a Caed (Companhia de Água e Esgoto de Diadema), empresa de capital misto e que pertenceria 50,1% para o Executivo municipal.

Embora o acordo estivesse praticamente selado, a Sabesp executou parte da dívida bilionária em dezembro. Os R$ 432,8 milhões solicitados pela companhia estadual eram referentes ao rompimento unilateral do contrato de fornecimento de água e tratamento de esgoto em 1995 para a instituição da Saned. À época, o sequestro bloquearia toda receita de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 2013 - equivalente a 40% do Orçamento para este ano.

O congelamento das finanças do Paço só não se concretizou porque o governo Reali conquistou, ainda no fim do ano, liminar impedindo a execução da dívida.

Desde a mudança de gestão, Lauro se encontrou duas vezes com Alckmin para pedir que o tucano interceda a favor de Diadema.

A discussão estava marcada para o dia 18 de março, porém Dilma Pena cancelou o encontro e reagendou a reunião.

 

 




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