A senadora e pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva (PV-AC), disse ontem não se sentir pressionada a ampliar o debate para além das questões de sustentabilidade na medida em que se aproxima o período eleitoral. "Desconheço esse tipo de pressão. O que está havendo é um diálogo entre o PV e o Psol. Estamos dizendo desde o início que não faremos cálculo pragmático, e sim discussão para ver se é possível caminharmos juntos", explicou.

Para a ex-ministra do Meio Ambiente, a sustentabilidade envolve outras áreas. "Não há como discutir sustentabilidade sem discutir economia. O Brasil está assumindo metas de redução de emissões de poluentes porque sabe que esta é um questão econômica, senão corre o risco de perder competitividade", alertou a verde.

A senadora também afirmou que a comissão que discutirá eventual aliança entre o PV e o Psol para o pleito de 2010 será integrada por quadros das duas legendas e ainda está sendo formada. Adiantou também que líderes das siglas devem se reunir em breve. Ela voltou a negar tratativas para ter a ex-senadora Heloísa Helena (Psol-AL) como candidata a vice-presidente.

TUCANATO - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu ontem a necessidade de "nova convergência política" para que o País avance no futuro governo.

Pré-candidato à Presidência, ele mantém a posição de anunciar candidatura ao Senado caso a definição sobre o presidenciável tucano não ocorra até janeiro próximo, mas tem procurado amenizar as cobranças por decisão do partido, evitando o tom de ultimato.

O PSDB discute a antecipação do nome, mas encontra resistência no governador de São Paulo, José Serra, adversário interno de Aécio na disputa pela indicação. Serra quer empurrar para março a definição do candidato tucano à sucessão.