O técnico Antonio Carlos defendeu ontem que a comissão de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) reformule a metodologia de avaliação dos juízes, em razão da sequência de erros registrados, tanto na Série B quanto nos últimos jogos do Brasileirão.

Na opinião do treinador, a avaliação física dos árbitros deveria ser periódica. Atualmente, são feitas apenas duas por ano. Nos estaduais entre dezembro e janeiro e depois em julho (competições da Segunda Divisão), e no Nacional: também entre dezembro e janeiro, depois em abril, antes do início do Brasileiro.

"Acho que deviam fazer testes a cada dois, três meses. Seria bom, porque os árbitros iam se cuidar mais", analisou o treinador.

Antonio Carlos ainda não engoliu as falhas de apito de Evandro Rogério Roman. Na avaliação do treinador, prejudicaram o São Caetano no empate por 2 a 2 com o Brasiliense, anteontem.

Roman, disse o treinador, cometeu dois erros. O primeiro, ao marcar penalidade inexistente no choque entre Matheus Paraná e Ricardinho no início da partida. O segundo, ao não marcar o toque de mão de Lúcio Flávio na disputa de bola com Gerson dentro da área. Na sequência do lance, o atacante marcou o gol do empate.

"O Simon (Carlos Eugênio) errou contra o Palmeiras e o que apitou o jogo contra o Sport (Elmo Alves Resende), também. E olha que estavam bem próximos do lance. Nós fomos prejudicados nesses dois lances. É duro, porque pode estragar todo um trabalho feito ao longo do ano. E se fosse o nosso último jogo?", questionou.

Com o resultado, o Azulão voltou a ocupar a décima posição, com 47 pontos. No entanto, tem apenas cinco a mais que o Ipatinga, primeiro da zona de rebaixamento. As chances do time cair são mínimas (menos de 1%).

Para afastar matematicamente qualquer risco, o São Caetano precisa vencer ao menos mais um dos três jogos que restam para o encerramento da Série B do Brasileiro.